PICICA: "O filme aparece no momento certo, não só para relembrar a coragem de
quem de diferentes maneiras desestabilizou o status quo, como também
para fazer uma ponte absolutamente presente com este incio de ano. A
criminalização, as pautas legitimamente construidas, a relação entre
mídia, poder publico e poder privado, tudo que a nossa pele sente quando
somos açoitados pela PM, esteve em junho, está no filme e vivemos
agora. Mas não se trata de se apegar a dor que perpassa momentos,
enquadramentos e memorias mas sim de revisitar uma construção discursiva
que permita traçar ferramentas de enfretamentos dessa dor. O filme, seu
gesto de improviso e abertura acena definitivamente para os processos
frágeis e autônomos que estamos desdobrando. A pluralidade de falas
ressalta os desejos e nos convoca a continuar desejando, para além de
junho, mas com seu espirito rebelde."
O filme “A partir de Agora. As Jornadas de Junho no Brasil”, sobre as manifestações do ano passado, está disponível na internet.
Neste exato momento em que há perseguição de quem defende a liberdade de manifestação, de quem defende a possibilidade de organização interna dos movimentos para além dos braços do poder estatal, do capital e dos paradigmas da ordem, lançamos o filme “A Partir de Agora, as Jornadas de Junho”, do diretor Carlos Pronzato. Este filme conta com depoimentos de quem esteve nas manifestações de rua do ano passado em todo o Brasil, não só como participante mas como organizadores, caso dos integrantes do MPL/SP e do Tarifa Zero/Salvador. Aliás, uma das características das ditas ‘Jornadas de Junho’ é de ter sido aberta à organização da multidão, desde dentro. Os entrevistados citados deixam isto claro. Assim, todos os que participaram das manifestações podem ser considerados seus co-organizadores.
O filme aparece no momento certo, não só para relembrar a coragem de quem de diferentes maneiras desestabilizou o status quo, como também para fazer uma ponte absolutamente presente com este incio de ano. A criminalização, as pautas legitimamente construidas, a relação entre mídia, poder publico e poder privado, tudo que a nossa pele sente quando somos açoitados pela PM, esteve em junho, está no filme e vivemos agora. Mas não se trata de se apegar a dor que perpassa momentos, enquadramentos e memorias mas sim de revisitar uma construção discursiva que permita traçar ferramentas de enfretamentos dessa dor. O filme, seu gesto de improviso e abertura acena definitivamente para os processos frágeis e autônomos que estamos desdobrando. A pluralidade de falas ressalta os desejos e nos convoca a continuar desejando, para além de junho, mas com seu espirito rebelde.
Aqui está o linbk do filme: http://www.youtube.com/watch?v=3dlPZ3rarO0
O filme que lançamos hoje aqui no blog será projetado no dia 27 de fevereiro, uma quinta feira, na Praça da Cinelandia, centro do Rio de Janeiro, num evento de 3 dias organizado em parceria com diversos coletivos com várias atividades espalhadas pela cidade. Segue o cartaz.
Fonte: Das Lutas
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