dezembro 08, 2014

"A comunidade dos espectros. I. Antropotecnia", de Fabián Ludueña Romandini

PICICA: "O mundo começou sem o homem e terminará sem ele, e as instituições, os costumes e os usos que a humanidade terá colecionado no curso de sua vida, o museu das figuras que o espírito terá catalogado em sua fenomenologia não são senão as vestimentas desusadas de um vivente que não goza intrinsecamente de nenhuma garantia de imortalidade. Tudo o que denominamos ciência política, neste sentido, não é outra coisa que a oculta remoção desta evidência."

A comunidade dos espectros. I. Antropotecnia

capaluduena
A comunidade dos espectros. I. Antropotecnia
Autor: Fabián Ludueña Romandini
Tradução de Alexandre Nodari e Leonardo D’Ávila
Coleção PARRHESIA, 300 pgs, 2012 [1a reimpressão: 2013]



 “O mundo começou sem o homem e terminará sem ele, e as instituições, os costumes e os usos que a humanidade terá colecionado no curso de sua vida, o museu das figuras que o espírito terá catalogado em sua fenomenologia não são senão as vestimentas desusadas de um vivente que não goza intrinsecamente de nenhuma garantia de imortalidade. Tudo o que denominamos ciência política, neste sentido, não é outra coisa que a oculta remoção desta evidência. Relendo a contrapelo a tradição política, jurídica e teológica do Ocidente, da Grécia antiga até as utopias transhumanistas, este esplêndido livro traz à luz a origem impensada de diversas tendências políticas, só aparentemente contraditórias entre si, que modelam o mundo contemporâneo. Sua secreta solidariedade está, com efeito, na tentativa de eliminar toda a animalidade constitutiva do humano. Contra este otimismo inane e insensato, Fabián Ludueña Romandini reinventa para a filosofia o tom e o olhar com os quais Poe sacudiu e revolucionou a literatura mundial. E demonstra que não há nenhuma cisão originária entre a vida animal e a vida humana. O chamado Homo sapiens é apenas um animal que dotou a si mesmo de antropotecnologias destinadas a dar forma, domesticar, modelar ou mesmo dominar sua própria animalidade constitutiva assim como a de seus congêneres. Para instaurar uma política trans-zoológica e absolutamente humano-técnica que permita alcançar um espaço não-antrópico, será necessário abandonar o último refúgio da onto-teo-logia clássica, o preconceito (pós-) metafísico a favor do vivente.” (Emanuele Coccia – texto da quarta capa)


Sobre o livro

Sobre o autor


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Fonte: Civilização e Barbárie

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