PICICA: "O mundo começou sem o
homem e terminará sem ele, e as instituições, os costumes e os usos que
a humanidade terá colecionado no curso de sua vida, o museu das figuras
que o espírito terá catalogado em sua fenomenologia não são senão as
vestimentas desusadas de um vivente que não goza intrinsecamente de
nenhuma garantia de imortalidade. Tudo o que denominamos ciência
política, neste sentido, não é outra coisa que a oculta remoção desta
evidência."
A comunidade dos espectros. I. Antropotecnia
A comunidade dos espectros. I. Antropotecnia
Autor: Fabián Ludueña Romandini
Tradução de Alexandre Nodari e Leonardo D’Ávila
Coleção PARRHESIA, 300 pgs, 2012 [1a reimpressão: 2013]
“O mundo começou sem o
homem e terminará sem ele, e as instituições, os costumes e os usos que
a humanidade terá colecionado no curso de sua vida, o museu das figuras
que o espírito terá catalogado em sua fenomenologia não são senão as
vestimentas desusadas de um vivente que não goza intrinsecamente de
nenhuma garantia de imortalidade. Tudo o que denominamos ciência
política, neste sentido, não é outra coisa que a oculta remoção desta
evidência. Relendo a contrapelo a tradição política, jurídica e
teológica do Ocidente, da Grécia antiga até as utopias transhumanistas,
este esplêndido livro traz à luz a origem impensada de diversas
tendências políticas, só aparentemente contraditórias entre si, que
modelam o mundo contemporâneo. Sua secreta solidariedade está, com
efeito, na tentativa de eliminar toda a animalidade constitutiva do
humano. Contra este otimismo inane e insensato, Fabián Ludueña Romandini
reinventa para a filosofia o tom e o olhar com os quais Poe sacudiu e
revolucionou a literatura mundial. E demonstra que não há nenhuma cisão
originária entre a vida animal e a vida humana. O chamado Homo sapiens é
apenas um animal que dotou a si mesmo de antropotecnologias destinadas a
dar forma, domesticar, modelar ou mesmo dominar sua própria animalidade
constitutiva assim como a de seus congêneres. Para instaurar uma
política trans-zoológica e absolutamente humano-técnica que permita
alcançar um espaço não-antrópico, será necessário abandonar o
último refúgio da onto-teo-logia clássica, o preconceito (pós-)
metafísico a favor do vivente.” (Emanuele Coccia – texto da quarta capa)
- Páginas iniciais [Issuu]
- Trechos [Google Books]
- Fabricar o humano (Sopro, n.50, maio de 2011): resenha, escrita por Alexandre Nodari, da edição argentina do livro.
- Resposta aos amigos do SOPRO (Sopro, n.50, maio de 2011): resposta do autor à resenha.
- Apresentação de Leonardo D’Ávila quando do lançamento do livro (março, 2012)
- Conversas ao redor da espectrologia (entrevista concedida a discentes e docentes da UFSC, 2013)
- Capitalismo y secularización (Filosofia Unisinos, v. 12, n.2, maio-agosto de 2011)
- De como apaziguar demônios: renascimento, potência e ascese (Sopro, n.43, janeiro de 2011): resenha, escrita por Leonardo D’Ávila de Oliveira, de Homo oeconomicus: Marsilio Ficino, la teologia y los mistérios paganos.
Do mesmo autor
Fonte: Civilização e Barbárie
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