Manaus - anos 1960
A Zona Franca preservou a floresta do estado do Amazonas, mas esculhambou com a cidade de Manaus.
O casarão do lado direito desta fotografia da Manaus antiga ainda existe; as árvores não; nem as do primeiro plano, nem as mangueiras, ao fundo, que sombreavam o restaurante Guanabara, os pontos de carros de aluguel e o Pavilhão Pará, que hoje jaz na praça Tamandaré. Nem o Posto Texaco, do velho Lúcio, sobrou. Os casarões, no centro da fotografia, ainda resistem. O majestoso Banco do Brasil, de paredes alvas, foi colocado abaixo para dar lugar a um monstrengo arquitetônico. O logradouro chamava-se Largo da Matriz, antigo Largo da Imperatriz; hoje, nele trafega todo o trânsito pesado dos ônibus da cidade. Lástima!
O sol abrasador, perceptível nesta bela fotografia, continua o mesmo. Pior, já que as árvores de hoje teimam em ficar restritas aos fundos dos quintais das casas dos manauaras, deixando os transeuntes sem a boa sombra. O poder público há muito as abandonou.
A essa altura do campeonato nem cemitérios indígenas existem na cidade para que seus povos possam reclamá-los. De todo modo, na Semana dos Povos Indígenas, sejam bem-vindos companheiros: a casa é sua.
Semana dos Povos Indígenas
Será realizada nos dias 03 e 04 de abril, a partir das 8h30min, no auditório da Reitoria da Universidade Estadual do Amazonas – UEA, a I Assembléia dos Indígenas da Cidade de Manaus, que terá como tema “Manaus, mostra tua cara indígena”. O evento é promovido pela União dos Povos Indígenas de Manaus – Upims e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – Coiab. Os organizadores estimam que cerca de 250 indígenas de vários bairros da cidade estarão presentes.
Informações sobre a Assembléia podem ser obtidas pelos telefones (92) 9137-3366 e 3234-2291
NOTA: A dica é do jornalista J. Rosha.
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