25 de julho: Dia da Mulher Negra da América Latina
Em 1992, na República Dominicana, cerca de 400 mulheres negras de todas as partes do mundo decidiram comemorar um reencontro há muito gestado.
Irmãs de todos os continentes firmaram o 25 de julho, para que celebrássemos a vitória de estarmos aqui na América Latina e no Caribe sem perder a dignidade.
Por isso comemoraremos esta data com festa e reflexão.Consolidar esta data não tem sido fácil. Há quem alegue que se há o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o que essa negrada quer mais? Dividir a luta das mulheres? Não! Essa data marca a construção de um processo para simbolizar quem somos e como vivemos enquanto mulheres negras.
Um outro ponto que urge considerar é que o feminismo da América Latina e do Caribe, incluindo o brasileiro, ignora o inteiro teor da luta anti-racista e não se deu conta que, em países como o Brasil (maior população negra fora da África e segundo maior país negro do mundo - só perde para a Nigéria), no qual metade das mulheres são negras, a não incorporação da perspectiva anti-racista pelo feminismo entrava seus propósitos libertários.
Vários anos após a instituição do Dia da Mulher Afro-latino-americana e Afro-caribenha, cabe ao feminismo regional assumir a data ou dizer que o combate ao racismo não lhe interessa.
No Brasil, fora uma ou outra ONG feminista negra, que de 1993 para cá, esporadicamente relembra a data, pouco se fala sobre o assunto. Lamentavelmente. Nada de estranho. Basta lembrar que há hegemonia branca no feminismo mundial. Mas, lutar para promover as mulheres combater a violência e a discriminação racial é um objetivo primordial das mulheres Dandara e tantas militantes do movimento negro e de mulheres.
Mas, certamente nunca teve uma única lágrima caindo da sua face diante da menininha que vende o corpo por um prato de comida, diante do jovem que é tragado pela marginalidade como último refúgio. Não queremos ver a reedição da lei áurea, não tem sentido um Estatuto para o povo Negro sem recursos financeiros para executá-lo.
Esperamos que a Câmara dos Deputados tenha não apenas a independência, que é obrigatória pela Constituição, mas a sensibilidade necessária para viabilizar essa importante conquista para o povo negro brasileiro. E que os governos nas três esferas invistam nas políticas públicas para esta população, abraçam a luta anti-racista para que a cultura da democracia racial saia do conformismo.
Gabinete Mauro Rubem - Alameda dos Buritis, 231 - Centro CEP: 74019-900 - Goiânia - Goiás Fone: (62) 3221-3205
Fonte: Site do Deputado Mauro Rubem - PT-Goiás
Em 1992, na República Dominicana, cerca de 400 mulheres negras de todas as partes do mundo decidiram comemorar um reencontro há muito gestado.
Irmãs de todos os continentes firmaram o 25 de julho, para que celebrássemos a vitória de estarmos aqui na América Latina e no Caribe sem perder a dignidade.
Por isso comemoraremos esta data com festa e reflexão.Consolidar esta data não tem sido fácil. Há quem alegue que se há o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o que essa negrada quer mais? Dividir a luta das mulheres? Não! Essa data marca a construção de um processo para simbolizar quem somos e como vivemos enquanto mulheres negras.
Um outro ponto que urge considerar é que o feminismo da América Latina e do Caribe, incluindo o brasileiro, ignora o inteiro teor da luta anti-racista e não se deu conta que, em países como o Brasil (maior população negra fora da África e segundo maior país negro do mundo - só perde para a Nigéria), no qual metade das mulheres são negras, a não incorporação da perspectiva anti-racista pelo feminismo entrava seus propósitos libertários.
Vários anos após a instituição do Dia da Mulher Afro-latino-americana e Afro-caribenha, cabe ao feminismo regional assumir a data ou dizer que o combate ao racismo não lhe interessa.
No Brasil, fora uma ou outra ONG feminista negra, que de 1993 para cá, esporadicamente relembra a data, pouco se fala sobre o assunto. Lamentavelmente. Nada de estranho. Basta lembrar que há hegemonia branca no feminismo mundial. Mas, lutar para promover as mulheres combater a violência e a discriminação racial é um objetivo primordial das mulheres Dandara e tantas militantes do movimento negro e de mulheres.
Mas, certamente nunca teve uma única lágrima caindo da sua face diante da menininha que vende o corpo por um prato de comida, diante do jovem que é tragado pela marginalidade como último refúgio. Não queremos ver a reedição da lei áurea, não tem sentido um Estatuto para o povo Negro sem recursos financeiros para executá-lo.
Esperamos que a Câmara dos Deputados tenha não apenas a independência, que é obrigatória pela Constituição, mas a sensibilidade necessária para viabilizar essa importante conquista para o povo negro brasileiro. E que os governos nas três esferas invistam nas políticas públicas para esta população, abraçam a luta anti-racista para que a cultura da democracia racial saia do conformismo.
Gabinete Mauro Rubem - Alameda dos Buritis, 231 - Centro CEP: 74019-900 - Goiânia - Goiás Fone: (62) 3221-3205
Fonte: Site do Deputado Mauro Rubem - PT-Goiás
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