A morte nossa de todos os dias
Naquela terça-feira, 24 de junho, no cemitério do Tapanã, periferia de Belém, algumas famílias esperavam desde cedo por seus mortos. Recém-nascidos, que haviam falecido na Santa Casa de Misericórdia do Estado, no final de semana. Nove, treze? Afinal, quantos foram ao todo?A notícia “vazou” para a imprensa na noite da segunda-feira. O Jornal da Globo deu manchete… Aí, pronto, estava feito o escândalo. Indagada sobre aquele alto índice de mortalidade na única UTI neonatal pública do Estado, a Secretária de Saúde, Laura Rosseti, disse em entrevista à TV: “Essa taxa de mortalidade é normal, está dentro das estatísticas aceitáveis.”
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