julho 14, 2008

Diplô Portugal - Dossiê: QUE FUTURO PARA O ESTADO?

Dossiê: QUE FUTURO PARA O ESTADO?

«O mundo em mutação e o Estado – em crise?», por JORGE SAMPAIO (ex-presidente da República)

«Portugal e o neoliberalismo como intervencionismo de mercado», por JOÃO RODRIGUES e NUNO TELES (economistas)

O ex-presidente da República Jorge Sampaio reflecte sobre o papel do Estado no contexto da globalização e da pressão dos mercados crescentemente desregulados sobre a qualidade das democracias. Pode ler aqui um excerto deste artigo.Os economistas João Rodrigues e Nuno Teles analisam o papel aparentemente paradoxal do Estado na criação de condições favoráveis ao desenvolvimento do mercado. Apesar da hegemonia neoliberal na economia, nos últimos anos a intervenção do Estado tem vindo a reforçar-se e as despesas públicas nos países mais desenvolvidos têm, em muitos casos, crescido. Pode ler um excerto deste artigo aqui.

Ainda sobre a problemática do Estado e das políticas públicas, Bruno Tinel e Franck Van De Velde assinam «O espantalho da dívida pública», desmistificando o argumento do nível elevado da dívida pública utilizado pelos governos quando pretendem contrair as despesas sociais. Espaço secular de trocas culturais e económicas entre os povos das suas margens, o Mediterrâneo está hoje no centro das prioridades da presidência francesa da União Europeia. Georges Corm, em «Tensões e querelas à volta do Mediterrâneo», reflecte sobre as contradições e indecisões que marcam este processo e, numa perspectiva mais histórica, Cláudio Torres sublinha, em «O Mediterrâneo, espaço de encontros e desencontros», a diversidade da região. Alain Gresh propõe-nos uma «Investigação sobre a viragem da diplomacia francesa», em que descreve a reorientação estratégica da diplomacia francesa em direcção a um maior comprometimento com os interesses norte-americanos, reflectida em diversos dossiês em aberto como a OTAN, o conflito israelo-palestiniano, o nuclear iraniano ou a crise libanesa. Com os Jogos Olímpicos de Pequim prestes a iniciar-se, o governo chinês reforça a repressão, com receio que um escândalo político em plena festa desportiva possa manchar o evento. Por outro lado, os movimentos sociais e os protestos vão também fazendo o seu caminho. Jaen-Louis Rocca analisa esta situação complexa em «Vão os comunistas mudar a China?».

Com a agenda mediática ainda muito marcada pela libertação de Ingrid Betancourt e de outros reféns da FARC, Maurice Lemoine, em «A Colômbia, a Interpol e o ciberguerrilheiro», revisita o conturbado episódio que resultou na morte do comandante da organização, Raúl Reyes.

O dirigente da CGTP Joaquim Dionísio analisa, em «Legislação laboral: adequação às mudanças ou destruição do direito ao trabalho?», os aspectos mais essenciais das recentes alterações ao Código do Trabalho, bem como as opções políticas que levaram à sua aprovação.

Estes são alguns dos principais destaques do número de Julho do Le Monde diplomatique - edição portuguesa, que já chegou às bancas.

O sumário da edição bem como o Editorial estão acessíveis em http://pt.mondediplo.com.
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