março 06, 2013

No meio da construção do Polo Naval tem um cemitério secular: Cemitério de São José do Jatuarana

PICICA: Para grande parte dos manauaras, a partir do Encontro das Águas as terras banhadas pelo rio Amazonas recebem a denominação de Puraquequara. Muitos sequer suspeitam da existência de 19 comunidades tradicionais de ribeirinhos entre o lago da Colônia Antonio Aleixo até o Paraná da Eva. Tampouco sabem que na seca o rio Negro invade a calha do rio Negro, ultrapassa o o Paraná da Eva, chegando até o município de Itacoatiara. Um decreto de governo pretende despropriar 32 quilometros das terras dos ribeirinhos para a implantação de um Polo Naval, passando por cima de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Por intermediação do Ministério Público Federal e da Comissão de Direito Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas, os ribeirinhos conseguiram abrir espaço para uma Audiência Pública sobre "O Polo Naval e as populações tradicionais de ribeirinhos", no próximo dia 8 de março, às 10h00s. Enquanto isso, saiba um pouco de como essa comunidades costumam ser negligenciadas pelo poder público. Vale lembrar que a maioria das comunidades pertencem à área rural do município de Manaus. Na voz de Marisa Lima, apresento-lhes a Comunidade de São José do Jatuarana, localizada na costa do Jatuarana, onde o Exército Nacional não deixa passar o Luz Para Todos, e até pouco tempo impedia o enterro dos mortos no cemitério comunitário, cujos cuidados competem à Prefeitura Muncipal de Manaus.
 

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