PICICA: "É
hora de pensar como extrair frutos do caos, e também como vetar o
aumento de força de nossos inimigos mais tenebrosos, seja ele
apresentado por nova máscara ou conservando sua face com novo verniz. É
hora de se pensar dois passos a frente, saber bem como pisar, para não
se perder por um caminho tortuoso. Participar do movimento que não cessa
parece lógico. Mas pensar como fazer isso é ainda mais importante. Pois
não é prudente caminhar na escuridão sem poder ver para além de um
palmo. Radicalizar sempre, mas é importante lembrar que radical é aquele
que vai a raiz. Não aquele que opta pelo extremo que vai ser facilmente
capturado por parte dos outros. Quando o inimigo se veste como nos para
fazer algo a nosso lado é sinal que um engodo está a espreita. E que as
chamas que acendemos podem mudar com a direção do vento e acabar por
nos queimar."
Sobre xadrez, peças e ilusões.
O que
fazer? Pergunta icônica dentro do pensamento político, sobretudo para os
pensadores e militantes de esquerda por nomear um livro homônimo de
muita importância para a teoria e prática marxista, que apresentava
premissas para ação e organização prática dos comunistas soviéticos.
Esta pergunta é de certo atemporal, e pode se respondida de inúmeras maneiras de acordo com as diferentes crenças e conjunturas. No entanto, existem momentos que a indagação surge tal como uma necessidade monstruosa. Momentos dúbios de Crise e oportunidade. Onde de certo insistir em respostas repetidas diante o novo revelado é o pior caminho. Mas fica a pergunta, quem entre o mar de gente e de intenções se autointitularia representante do mais do mesmo, do velho?
Diante uma crise generalizada do sistema, onde um governo nefasto pode ser fragilizado a ponto de cair, o que devemos esperar? Certamente mudança. Mas em meio do terremoto, da queda dos alicerces, o que permanecerá? Ou o que poderá se colocar como nova ordem? Utilizando-se de puro bom senso é fácil concluir que vai se erguer o mais forte e potente, o que é mais organizado e que melhor se adaptou as fenômenos históricos e materiais em processo. Também os que souberem capturar os frutos dos acontecimentos imediatos e a por vir. Ou seria diferente?
Diante um mar de pessoas despolitizadas, de grupos progressistas e avançados fragmentados em termo de organização e reivindicações, o que esperar de positivo? Se não esperar nada daí, seria promissor a crença no espontâneo e imediatismo? Me parece que mais uma vez não é o caso.
É hora de pensar como extrair frutos do caos, e também como vetar o aumento de força de nossos inimigos mais tenebrosos, seja ele apresentado por nova máscara ou conservando sua face com novo verniz. É hora de se pensar dois passos a frente, saber bem como pisar, para não se perder por um caminho tortuoso. Participar do movimento que não cessa parece lógico. Mas pensar como fazer isso é ainda mais importante. Pois não é prudente caminhar na escuridão sem poder ver para além de um palmo. Radicalizar sempre, mas é importante lembrar que radical é aquele que vai a raiz. Não aquele que opta pelo extremo que vai ser facilmente capturado por parte dos outros. Quando o inimigo se veste como nos para fazer algo a nosso lado é sinal que um engodo está a espreita. E que as chamas que acendemos podem mudar com a direção do vento e acabar por nos queimar.
Se não temos um discurso sintético e de fácil propagação, pouco se custa para que palavras não proferidas soem de nossas bocas e que nossos socos quebrem nosso pulso. Quando nossos inimigos atiram pedras em vidraças ao nosso lado, é sinal que eles mesmo estão preparando o fortalecimento dos pilares enquanto se desfaz a fachada. Atear fogo em uma velha e maldita árvore, mas não para destruir somente as folhas moribundas e acabar dando força ao caule. Fazendo que este organismo bizarro se adapte e se fortaleça para subir aos céus e encobrir mais um pouco de nosso sol.
Esta pergunta é de certo atemporal, e pode se respondida de inúmeras maneiras de acordo com as diferentes crenças e conjunturas. No entanto, existem momentos que a indagação surge tal como uma necessidade monstruosa. Momentos dúbios de Crise e oportunidade. Onde de certo insistir em respostas repetidas diante o novo revelado é o pior caminho. Mas fica a pergunta, quem entre o mar de gente e de intenções se autointitularia representante do mais do mesmo, do velho?
Diante uma crise generalizada do sistema, onde um governo nefasto pode ser fragilizado a ponto de cair, o que devemos esperar? Certamente mudança. Mas em meio do terremoto, da queda dos alicerces, o que permanecerá? Ou o que poderá se colocar como nova ordem? Utilizando-se de puro bom senso é fácil concluir que vai se erguer o mais forte e potente, o que é mais organizado e que melhor se adaptou as fenômenos históricos e materiais em processo. Também os que souberem capturar os frutos dos acontecimentos imediatos e a por vir. Ou seria diferente?
Diante um mar de pessoas despolitizadas, de grupos progressistas e avançados fragmentados em termo de organização e reivindicações, o que esperar de positivo? Se não esperar nada daí, seria promissor a crença no espontâneo e imediatismo? Me parece que mais uma vez não é o caso.
É hora de pensar como extrair frutos do caos, e também como vetar o aumento de força de nossos inimigos mais tenebrosos, seja ele apresentado por nova máscara ou conservando sua face com novo verniz. É hora de se pensar dois passos a frente, saber bem como pisar, para não se perder por um caminho tortuoso. Participar do movimento que não cessa parece lógico. Mas pensar como fazer isso é ainda mais importante. Pois não é prudente caminhar na escuridão sem poder ver para além de um palmo. Radicalizar sempre, mas é importante lembrar que radical é aquele que vai a raiz. Não aquele que opta pelo extremo que vai ser facilmente capturado por parte dos outros. Quando o inimigo se veste como nos para fazer algo a nosso lado é sinal que um engodo está a espreita. E que as chamas que acendemos podem mudar com a direção do vento e acabar por nos queimar.
Se não temos um discurso sintético e de fácil propagação, pouco se custa para que palavras não proferidas soem de nossas bocas e que nossos socos quebrem nosso pulso. Quando nossos inimigos atiram pedras em vidraças ao nosso lado, é sinal que eles mesmo estão preparando o fortalecimento dos pilares enquanto se desfaz a fachada. Atear fogo em uma velha e maldita árvore, mas não para destruir somente as folhas moribundas e acabar dando força ao caule. Fazendo que este organismo bizarro se adapte e se fortaleça para subir aos céus e encobrir mais um pouco de nosso sol.
Neste
grande jogo de xadrez que esta em andamento no país: Muitos agindo como
peças de movimentos previsíveis, pensando ser jogadores habilidosos.
O previsível: a sofisticação do poder para adequar o sistema ao
paradigma dos grandes eventos e conjuntura mundial, seja com uma pele ou
com outra.
Fonte: Linhas de Fuga
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