PICICA: "A partir das mortes de um Bispo e de um Pai de Santo e
de uma reflexão sobre conflitos e interações entre candomblé e
catolicismo, o realizador volta a Ilhéus para revisitar o tema de um
curta universitário feito por ele há 11 anos. Dessa vez, fazer o filme
se torna uma descoberta e um encontro inesperado com o sagrado e o
mistério."
As Cruzes e os Credos from Bahiadoc arte documento on Vimeo.
A partir das mortes de um Bispo e de um Pai de Santo e
de uma reflexão sobre conflitos e interações entre candomblé e
catolicismo, o realizador volta a Ilhéus para revisitar o tema de um
curta universitário feito por ele há 11 anos. Dessa vez, fazer o filme
se torna uma descoberta e um encontro inesperado com o sagrado e o
mistério.
--Roteiro, Direção e Edição: fabricio ramos e camele queiroz
Produção: juliana freire
Câmera e Direção de Fotografia: fabricio ramos
Som Direto e Montagem: camele queiroz
***
AS CRUZES E OS CREDOS [curta online na íntegra]
“O
terreiro abriu as suas portas para mim depois de mais de 10 anos: lá
estive em 2003 e as encontrei fechadas, de luto. Fazer o filme, a partir
de duas mortes, se tornou um encontro inesperado com o sagrado e o
mistério da Vida.” — FABRICIO RAMOS, co-diretor.
SINOPSE:
A partir das mortes de um Bispo e de um Pai de Santo e de uma reflexão sobre conflitos e interações entre candomblé e catolicismo, o realizador volta a Ilhéus para revisitar o tema de um curta universitário feito por ele há 11 anos. Dessa vez, fazer o filme se torna uma descoberta e um encontro inesperado com o sagrado e o mistério.
SOBRE O CURTA:
AS CRUZES E OS CREDOS
foi finalizado em 2014 e gravado em Ilhéus/BA, no Terreiro de Odé,
fundado por Pai Pedro em 1942. Pai Pedro foi assassinado a tiros dentro
do terreiro, por razões não esclarecidas. O filme não contou com
recursos oficiais, mas foi viabilizado através de financiamento coletivo
via Facebook e com o apoio solidário de pessoas que trabalharam no
filme e emprestaram equipamento.
O
filme participou da Mostra Oficial de curtas do 19º Fenavid — Festival
Internacional de Cine Santa Cruz, Bolívia 2014. E também da Mostra
Oficial do I Festival de Cortos Somos Afro, sediado na Colômbia, em
2015. O filme foi exibido em Ilhéus em junho de 2015 como parte da
programação do V FECIBA — Festival de Cinema Baiano, na Mostra Bahia
Adentro.
Sobre a experiência de fazer o CRUZES:
Há
dez anos, fui pela primeira vez na vida num terreiro de candomblé: fui
ao Terreiro de Odé em Ilhéus, região sul da Bahia onde eu nasci e me
criei (hoje vivo em Salvador). Pedro Farias tinha sido assassinado em
2003 — e nesse ano eu estava fazendo um filme sobre a repercussão das
mortes, em dias imediatamente consecutivos, de um pai de santo conhecido
e do bispo emérito da cidade, Dom Valfredo Tepe. Não pude entrar no
terreiro, fiquei na porta. Luto. Respeito. Fui embora. Voltei dez anos
depois, pra fazer outro filme… esse filme.
O
filme começa com o mar. Ainda no início, Maria Marta saúda o mar de
Ilhéus, ao nascer do sol. Toda essa breve história de cinco séculos eu a
vejo como numa imensa tela de cinema que é o mar. Cinco séculos de
violências, lutas, resistências, tradições e fé. Quando, eventualmente,
misturamos essa “consciência” histórica a um estado de espírito aberto
aberto às forças místicas, somos capazes de sentir mais vivamente a
conexão entre a nossa Cultura e as nossa vidas. Conexão que Maria
Marta — que tem o mar iniciando seus dois nomes — mantém viva e
fortalecida a cada desafio que enfrenta, conexão que Maria Marta, sem me
dar nenhuma aula nem palestra, nem curso nem ritual, tem me ajudado a
resgatar.
FICHA TÉCNICA
Fonte: Medium
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