Cemitérios urbanos podem contaminar lençol freático
Por Pedro Pontes
É o que diz a pesquisa realizada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A pesquisa, que foi realizada na cidade de Curitiba, aponta que devido à má estruturação desses cemitérios urbanos grandes problemas ambientais estão sendo causados.
Entre os problemas está a contaminação dos lençóis freáticos das cidades. Isso acontece devido o processo decomposição dos corpos que liberam um líquido chamado de necrochorume que e composto de água, sais minerais e substâncias orgânicas. Um outro grande vilão dos lençóis freáticos são as substâncias que fazem parte da composição dos caixões como: vernizes, colas, tintas e metais pesados que são utilizados nas alças.
No caso de Tefé, município do estado do Amazonas, a história não é diferente. O cemitério da cidade, além de ser bastante antigo, é localizado no meio da cidade e está bastante lotado. Devido a sua localização, o cemitério da cidade é rodeado por poços artesianos domésticos que são utilizados pela população vizinha ao cemitério, que também fica próximo à margem do lago de Tefé. O cemitério de Tefé, assim como os estudados da cidade de Curitiba, apresenta as mesmas características negativas que provocam prejuízos ao meio ambiente. O que é bastante preocupante.
A engenheira agrônoma Elma Romanó aponta como possíveis soluções a impermeabilidade dos túmulos, o uso de material biodegradável na fabricação dos caixões e a introdução de peróxido de cálcio nas urnas funerárias, oxidante capaz de acelerar o processo de decomposição dos corpos e a criação de cemitérios verticais que seriam uma boa alternativa, não somente para os problemas ambientais, assim como também para os problemas de espaço.
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