junho 22, 2008

Nordeste: Seminário discutirá agricultura familiar e desertificação

Foto publicada no blog Poesia & Luta
Seminário discutirá agricultura familiar e desertificação

*20/06/2008

De 25 de junho a 1º de julho, a cidade de João Pessoa (PB) sediará o II Seminário Luso-Brasileiro sobre Agricultura Familiar e Desertificação - o II Semiluso. Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, o evento tem por objetivo envolver pesquisadores e sociedade na discussão sobre questões relativas à agricultura familiar e desertificação nos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), promover o intercâmbio de experiências exitosas de convivência com a seca e de combate à degradação das terras, além de construir uma rede capaz de permitir a troca de informações.

O II Semiluso é um dos desmembramentos do Projeto de Pesquisa sobre Agricultura Familiar, Emprego e Renda em regiões com risco de desertificação desenvolvido por uma equipe de professores-pesquisadores da UFPB-Brasil, da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto Superior de Educação de Cabo Verde, com o apoio do CNPq.

Na região do semi-árido do Nordeste brasileiro as formas inadequadas de exploração das terras para a atividade agrícola com manejos predatórios do solo, além da exploração da madeira para produção do carvão, da prática da exploração mineral em forma de garimpagem, entre outros, têm promovido o avanço da desertificação com custos sociais e econômicos incalculáveis.

A partir dos anos 90, acirrou-se a luta dos trabalhadores por terra e água na região, dando origem à desapropriação de imóveis rurais pelo Estado que resultaram na criação de Projetos de Assentamento. Diante desse novo quadro, tem se buscado desenvolver formas alternativas de reprodução da agricultura familiar com o apoio de algumas políticas públicas bem como de ONGs e movimentos sociais a exemplo da ASA - Articulação no Semi-Árido Brasileiro, para buscarem soluções e empreenderem atividades para que a população consiga não reverter as más condições impostas pelo clima, mas conviver com elas. Tem resultado daí experiências interessantes e bem- sucedidas que serão apresentadas e debatidas nesse encontro.

Entre as atividades previstas estão a realização de mesas-redondas, apresentação de trabalhos de pesquisa, workshops, reunião de grupos de trabalho, além de um espaço para exposição de produtos e trabalhos desenvolvidos por agricultores familiares, ONGs, Movimentos Sociais e profissionais liberais com a finalidade de permitir a troca de experiências, a divulgação de trabalhos e a aproximação do espaço acadêmico com as oportunidades e desafios colocados pela sociedade.

*(Fonte: Daniela Mendes/ MMA)*
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