Reescrevendo notícia de inauguração de um shopping
O Manauara Shopping abre suas portas hoje para o público amazonense e escreve uma trágica página na história econômica de Manaus. Ao oferecer novas alternativas de consumo, cultura, entretenimento e turismo, deixou como saldo a morte de um operário e a destruição de uma pequena floresta urbana, conhecida como floresta da Magistral (onde funciona uma fábrica de propriedade de descendentes de portugueses).
Após 22 meses dedicados à construção e estruturação, durante a qual um operário morreu, o grupo de origem portuguesa Sierra Brasil, para inaugurar o maior shopping da cidade, destruiu uma área de floresta urbana, com o apoio do então prefeito Serafim Corrêa, de ascendência portuguesa.
O shopping figura entre os vinte maiores do país. O investimento de R$ 260 milhões, com a expectativa de que sejam gerados 3.000 empregos nesta fase de operação, poderia ter sido feito em outras áreas da cidade. Tem empresário que não sabe que é possível preservar ambientes e garantir empregos. Tem administrador público envolvido em falsos dilemas: preservar o ambiente não é sinal de atraso, é compromisso com o futuro do planeta.
Como neto de portugueses, e como manauara da Praça dos Remédios, meu mais profundo repúdio a mais uma das agressões ambientais que o sítio urbano de Manaus vem sofrendo.
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