novembro 12, 2009

A César o que é de César

Marcha à Brasília por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial
Acervo CFP

Nota do blog: Noticiar um evento à distância de onde ele ocorreu nos assujeita a riscos. Ficamos na dependência da fonte. O problema é que o sujeito comunicante aí não pode ser considerado independente da situação de comunicação. O enunciador pode considerar a complexidade da cena, ou reduzi-la aos limites da coerção produzidas por outros discursos. Daí a importância de sabermos o lugar de onde fala o sujeito comunicante. Com a intenção de evitar as subtrações costumeiras a que são submetidas a história do movimento social por uma sociedade sem manicômios, é que o autor do texto abaixo (o intrépido Marcus Vinicius, ex-vice presidente do CFP) pretende fazer a inscrição dos sujeitos ali onde alguns discursos costumam omiti-los. Para evitar o sexismo na linguagem, peço atenção a todos e todas que me leêm, para um infame acréscimo ao título acima. Onde se lê "A César o que é de César", acrescente-se"[...] e às Cesarinas o que é de Cesarinas".

Colegas,

A Cesar o que é de Cesar ! Em relação à aprovação da IV Conferencia no CNS gostaria de destacar o intenso trabalho corpo a corpo desenvolvido nesta última semana por algumas militantes, tais como a integrante da CISM Maria Herminia que, representando o FENTAS, auxiliada por Marta Elizabete, da Coordenação de Saúde Mental de MG, da Elisa do CFP, da Nelma da Renila, que se desdobraram no acompanhamento do encaminhamento do ponto de pauta no CNS, conquistando importantes alianças, ajudando a convencer conselheiros relutantes, garantindo que os que se comprometeram mantivessem o seu compromisso.

Certamente a boa disposição e o compromisso da Coordenação Nacional de Saúde Mental foram muito importantes, mas queria afirmar que o Movimento Social que convocou e coordenou a Convocação da Marcha dos Usuários, seguiu atento costruindo a estratégia da convocação intersetorial na Reunião da CISM e buscando arrancar, na relutância do CNS, a conferência a que temos direito!

E neste momento conclamo a tod@s [...] que possam estar se engajando em coletivos democráticos que possam garantir a maior expressão possível dos nossos mestres maiores no assunto da Loucura que são os nossos usuários! Quando falamos em espaço de discussão sobre saude mental e Reforma Psiquiátrica nos dias de hoje é preciso afirmar que um novo paradigma de produção da legitimitade epistemológica constiuiu-se no no nosso campo e que ele exige a validação dos nosso saberes e dos nosso fazeres por aqueles a quem estes se destinam... Que na IV Confêrencia possamos, mais do que a quaisquer outros interesses, ouvir as suas vozes!!!

marcus vinicius
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