novembro 27, 2009

Pauínata nas bancas virtuais

Poeminha necessário
Paulo Vilhena

O poema necessário
é grisalho e hipertenso.
Ele vive nas mesas de bar
nostálgico como Nat King Kole,
alegre como Jakson do Pandeiro.
O poema necessário
não tem amigos: todos já deixaram de existir.
Ele brinca com as palavras como as crianças brincam.
Ele teima com as cirroses como os lagartos correm.
Ele rima a teimosia como os vaqueiros sofrem.
O poema necessário faz do mundo e do tempo
um pequenino pedaço deste agora:
Portugal, Bahia, EUA, França ou Inglaterra
em qualquer lugar, eis que está
nosso pequenino poema necessário.
Na TPM da rainha ou na gastrite do rei
na traição da dama
na escatologia ou na alegria do circo.
Necessário até mesmo na vida dos poetas,
que mesmo tutelados
ainda sabem caminhar calçadas
e percorrer paixões.

Leia mais em http://piauinauta.blogspot.com/
Posted by Picasa

Nenhum comentário: