Musa debate Cosmologia, Ambiente e Práticas Alimentares dos Baniwa
As práticas alimentares do grupo indígena Baniwa têm relação estreita com sua cosmologia e com o meio ambiente, conforme aponta a pesquisadora Luiza Garnelo, que conduz a palestra “Cosmologia, Ambiente e Práticas Alimentares Baniwa”, na próxima quinta-feira, dia 26 de novembro, às 17h, no Museu da Amazônia – Musa.
Segundo Garnelo o grupo indígena Baniwa, do Alto Rio Negro, detém um conhecimento preciso sobre os ecossistemas locais e técnicas eficientes de retirada de alimentos na natureza com as quais gerenciam a escassez alimentar no território em que vivem. “A mitologia do grupo congrega informações sobre a preservação dos ambientes naturais, das fontes alimentares e técnicas eficientes de caça e de pesca”, diz, acrescentando que a mitologia também rege as relações de reciprocidade que orientam a produção, circulação e consumo dos alimentos.
A pesquisadora também considera que a cosmologia Baniwa fundamenta a ética das relações com a natureza, limitando comportamentos predatórios e o desperdício dos alimentos. “Tais práticas alimentares se relacionam à cosmologia do grupo e têm rico simbolismo que auxilia na manutenção dos vínculos sociais interfamiliares e intercomunitários, viabilizando um cardápio com teor nutricional equilibrado, variando de acordo com as estações do ano e evitando a punção excessiva sobre espécies animais ou vegetais”, afirma Luiza Garnelo.
Médica e filósofa, Luiza Garnelo atualmente é pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz em Manaus e professora adjunta da disciplina de saúde coletiva da Universidade Federal do Amazonas. Desenvolve pesquisa e extensão em Saúde Coletiva e Antropologia, com ênfase em Antropologia e Saúde e Etnologia Indígena, atuando prioritariamente na área indígena do Alto Rio Negro. Sua produção científica tem enfocado temas como políticas de saúde indígena; organização da atenção básica; etnografias de práticas sanitárias, sistemas tradicionais de doença cura e cuidados à saúde e controle social em saúde indígena.
Próximas palestras:
Dezembro
03 – Júlio César (FioCruz)
10 – Museu Amazônico – Sérgio Ivan (Ufam)
17 – "O outro - Meu Espelho"– Victor Py Daniel (Inpa)
Jane Dantas
Jornalista (MG 07326JP)
Telefone: 92 8128 5070
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PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
novembro 24, 2009
Musa debate Cosmologia, Ambiente e Práticas Alimentares dos Baniwa
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