Nota do blog: Enquanto isso, duas residências terapêuticas pactuadas em 2005, num termo de ajuste de conduta do Ministério Público do Estado do Amazonas, não saem do papel. Manaus continua sem esse dispositivo antimanicomia. Como o hospital psiquiátrico do SUS pertence ao Estado, é deste a responsabilidade de implantação. Lástima!
Luiz Marinho inaugura a primeira residência terapêutica de SBC
A cidade de São Bernardo do Campo esta dando passos consistente em estruturar uma rede de atendimento de saúde mental, através da gestão do prefeito Luiz Marinho. Abaixo a matéria de abertura da primeira Residência Terapêutica, com a presença do prefeito. Mostrando seu compromisso com a Reforma Psiquiátrica antimanicomial.
Residência Terapêutica é entregue a pacientes em SBC
Por: Marina Bastos (marina@abcdmaior.com.br)
Reintegração social de ex-pacientes psiquiátricos é o objetivo da Prefeitura
A primeira residência terapêutica de São Bernardo foi inaugurada nesta terça-feira (24/11) no Bairro Olavo Bilac, próximo ao Centro. A casa começa a receber pessoas que passaram grande parte de suas vidas internadas em hospitais psiquiátricos. com o novo serviço, a Prefeitura pretende, por meio da Secretaria de Saúde, possibilitar a reinserção social dos pacientes.
As residências terapêuticas são destinadas a pessoas com transtornos mentais que, depois de muito tempo internadas, ficaram impossibilitadas de retornar às suas famílias de origem. As casas foram instituídas pela Portaria G/M n. 106 de fevereiro de 2000 e são parte integrante da política de saúde mental do governo federal.
Foi a primeira residência terapêutica entregue em São Bernardo, das cinco que serão criadas até 2011, além da ampliação do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Cada unidade terá oito moradores que desenvolverão atividades produtivas e irão conviver com a comunidade. No total, 40 pessoas serão atendidas nas moradias. Os moradores do primeiro lar são homens de 28 a 78 anos, que ficaram internados por até duas décadas e agora dividirão o amplo espaço com três quartos, três banheiros, varanda e churrasqueira.
Sem hospícios - O secretário de Saúde, Arthur Chioro quer uma cidade livre de hospícios para que as pessoas sejam tratadas sem perder o contato com a família. "Os pacientes são pessoas que, por conta da longa internação, ficaram prejudicados no processo de socialização. Quanto mais tempo eles ficam internados, menor o vínculo com as famílias e sociedade".
O prefeito pediu a colaboração da vizinhança, pois os moradores da residência terapêutica estão voltando à vida e precisam de apoio. Luiz Marinho aproveitou para explicar o fato da casa não ter identificação na porta: "Esse é um lar, como o de qualquer família, não há necessidade de uma placa".
Recursos financeiros - As casas são mantidas com recursos financeiros anteriormente destinados aos leitos psiquiátricos. Assim, para cada morador de hospital psiquiátrico transferido para a residência terapêutica, um igual número de leitos psiquiátricos deve ser descredenciado do SUS e os recursos financeiros que os mantinham devem ser transferidos para os fundos financeiros do Estado ou do município para fins de manutenção dos Serviços Residenciais Terapêuticos. Para dar condições à reintegração completa desses pacientes, São Bernardo aderiu ao programa de auxílio-reabilitação psicossocial De Volta Para Casa, do Ministério da Saúde. O benefício será de R$ 320 por pessoa por mês.
LEO PINHO
Fonte: www.juventudesolidaria.blogspot.com
PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
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