novembro 29, 2009

Mais um calhorda na praça

Marcelo Madureira
Foto postada em otempo.com.br


"Já vi essa cara em algum lugar"
Nota do blog: Em Tabatinga (Brasil), fronteira com Letícia (Colômbia), durante uma jornada de trabalho conheci um professor cubano com quem tive o prazer de uma longa conversa num hotel da cidade. Disse-me que em Cuba os professores comprometidos com o ensino público saem do país para pós-graduação, mestrado e doutorado, retornam e circulam pelo mundo disseminando seus saberes. Para tanto, parte do salário dos professores é usado na formação de novos professores. Compromisso com a educação é isso aí! Entretanto, vai ter algum calhorda a criticar esse compromisso ideológico com a solidariedade e a cidadania internacional, abstraindo um fato escandaloso: Cuba vive o mais odiento embargo econômico nunca sofrido por qualquer outro país no planeta. Mas foi a perplexidade do ilustre professor com o Programa Casseta & Planeta que me chamou atenção. Em sua opinião o humor agressivo do programa de TV da Rede Globo era inteiramente desrespeitoso para com o presidente da república. Tentei argumentar que a democracia brasileira convive historicamente com esse tipo de humor. Getúlio Vargas chegou a usá-la a seu favor. Disse ainda que existe, paradoxalmente, um humor de direita. Finalizou a conversa com um dura crítica à democracia ocidental. Deu como exemplo, o caso das eleições manipuladas pela força do capital. "Quanto custa um senador, um deputado e um governador nesse tipo de democracia?". Vai ter canalha dizendo que esse argumento é típico dos partidários da "ditadura do proletariado". Taí um conceito que o "casseta" calhorda conhecido como Madureira (leia matéira abaixo) não tem a menor idéia do que se trata, salvo aquilo que ele reproduz como aquele papagaio histérico e moralista das piadas infames do submundo da cultura de esgoto. Paro por aqui para fumar um charuto presenteado pelo professor cubano. É mais prazeroso do que falar de um catimbeiro contumaz, agora que entendi o humor degradante do grupo que um dia subverteu a linguagem do humor, a ponto de ser saudado como um importante evento pelos psicanalistas da Escola Freudiana do Rio de Janeiro. Lamentavelmente, o "casseta" perdeu o bonde da história.

Oleo do Diabo

Folha atinge o paroxismo da calhordice

Creio que todos estamos ainda em estado de perplexidade. Sim, porque a Folha hoje volta à sua calhordice. Publica no Painel de Leitores cartas de leitores que afirmam ter acreditado na história contada por César Benjamin. A Folha publica a carta de um global, Marcelo Madureira, que desde longe vem realizando, de todas as maneiras, oposição sistemática ao Lula:

"Em tempos de unanimidades, bajulação, mentiras, censuras veladas e neoperonismos, o corajoso e sensível depoimento de César Benjamin só vem confirmar aquilo de que eu já desconfiava havia muito tempo: que o Brasil está sendo governado por um bando de cafajestes sem escrúpulos. E o que é pior:
recebem indenizações pelas suas cafajestadas. Parabéns a César Benjamin e a esta Folha."
MARCELO MADUREIRA, "Casseta & Planeta' (Rio de Janeiro, RJ)
Madureira é um canalha alienado. Quer transformar vítimas da ditadura, pessoas que foram presas e torturadas em "cafajestes sem escrúpulos". Quando ele fala que já desconfiava, revela o objetivo da matéria publicada pela Folha, que era ir de encontro ao subconsciente de seus leitores, já devidamente preparado por manipulações diárias. Todos os antilulistas fanáticos agora se encarregarão de espalhar boatos e "confirmar" o que já suspeitavam.

[...]

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2 comentários:

Trainee de Cozinheira disse...

Valeu garoto! vou espalhar!!

bjs

Maura

RAYMOND DE SÁ disse...

O humor é um recurso poderoso de linguagem, se utilizado com inteligencia e uma certa dose de elegancia.Aí sim consegue-se muitas vezes atingir objetivos com uma frase bem bolada, dispensando longos discursos. Quase como que um atalho de comunicação...Fora disso,é ofensa do tipo "perder o amigo pra não perder piada.Ö equívoco acontece quando pensam que fazer humor é um caminho fácil,que exige apenas presença de espírito,ou siumplesmente ter uma bolinha vermelha no nariz...Com isso, ofende-se a todos, até mesmo os nobres palhaços em seu difícil ofício de fazer rir.Casseta já era,aliás,morreu com Bussunda a boa e velha fórmula de falar a "verdade"com um toque de puro humor...