Vermelho
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27/11/2009
Fórum de diversidade cultural qualifica discussões no Amazonas
A disseminação do programa Pontos de Cultura no Amazonas foi a pauta central do II Fórum Estadual de Diversidade Cultural, encerrado no final da tarde de hoje (27) no Palacete Provincial, localizado na Praça Heliodoro Balbi, centro de Manaus. O evento foi organizado pelo grupo “Pé na Taba”, um dos pontos de cultura do Estado, e contou com a participação, dentre outros, do ator e presidente da FUNARTE Sérgio Manbert.
O evento reuniu cerca de 50 pessoas – entre músicos, atores, pintores e produtores de audiovisual - e também serviu como etapa preparatória para a TEIA e como conferência livre da Conferência Nacional de Cultura, ambos a serem realizados em março de 2010.
De acordo com a organizadora do evento e coordenadora do Pé na Taba, Lucimar Weil, o objetivo do Fórum é divulgar as vantagens do programa desenvolvido pelo Ministério da Cultura (Minc), incentivar os grupos amazonenses a se inserirem no projeto e debater as políticas culturais do Estado.“Buscamos congregar a diversidade cultural e discutir políticas públicas para cultura no Amazonas. E também pretendemos fortalecer a rede de pontos de cultura aqui no Estado, afinal ela precisa ser ampliada”, destaca.O debate em torno dessa problemática se dá por conta da baixa inserção dos grupos culturais amazonenses nesse programa. Segundo Lucimar, dos cerca de 2.500 pontos de cultura existentes no Brasil, apenas três estão no Estado. No último edital aberto pela Secretaria Estadual de Cultura (SEC), outros 12 grupos foram habilitados a ser tornarem conveniados, porém, esse número ainda está distante da metade 40 proposto pelo Minc.
De acordo com a coordenadora do Pé na Taba, o foco dos movimentos culturais que participam do evento é buscar, junto a SEC, que outro edital seja aberto ainda este ano para que 28 novos grupos venham se tornar conveniados do programa.O Ponto de Cultura é um programa do governo federal, realizado pelo Minc em parceria com os governos estaduais, que fomenta a produção dos seus conveniados por meio de incentivos financeiros no custeio de suas demandas.
Discussão qualificada
Uma das principais características da atividade foi o alto nível dos debates. A presença de nomes como o do presidente da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), Sérgio Manbert, do consultor do Minc e ex-coordenador geral do Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), Alexandre Santini, e do diretor de cinema Oscar Ramos qualificaram a programação.Mambert contextualizou a cultura no novo momento que vive o país desde a primeira eleição do governo Lula. “Estamos no momento de institucionalização das conquistas que debatemos por muitos anos. E isso é propício para transformarmos as políticas do governo Lula em política de Estado”, destacou.Ele apontou apontou o funcionariado do Minc como outro reflexo disso. “As pessoas que atuam hoje no Minc são pessoas como nós aqui. Que passaram a vida toda produzindo cultura e lutando por melhores condições para essa área”, disse.
Presente desde o início do evento, Santini abordou as políticas públicas culturais sob vários aspectos. A ampliação do orçamento, a necessidade dos produtores de bens culturais se apropriarem das dicussões da Conferência Nacional de Comunicação e de se envolverem nos mais diversos movimentos. “Tudo é busca por direitos. Logo, precisamos ter uma atuação mais ampla e não meramente corporativista”, afirmou.
De Manaus,
Anderson Bahia
OBS: O Evento contou ainda pela manhã com a presença de Célio Turino, Secretário de Cidadania Cultural do Minc, o idealizador do Programa Cultura Viva que deu vida aos milhares de Pontos de Cultura espalhados pelo país, um programa de democratização e acesso a cultura, ponto que une a outros pontos, e como ele mesmo escreve em seu livro PONTO DE CULTURA: O Brasil de baixo para cima", os pontos são pontos de vida, e como parte de um sistema vivo, "o Ponto de Cultura funciona como sedimentador e aproximador de iniciativas e ações que garantem a vitalidade do sistema, alimentando-o constantemente com as novas idéias e fazeres", criando e recriando a história, é a cultura em processo, "desenvolvida com autonomia e protagonismo social".
PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
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