Luta contra a destruição do Encontro das Águas (rio Negro e rio Solimões, que formam o rio Amazonas), no estado do Amazonas (Brasil), ameçado pela construção do terminal portuário das Lajes pela empresa Lajes Logística, subsidiária da Vale (ex-Vale do Rio Doce. (Vídeo de Max Teixeira).
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Amazonenses na expectativa do tombamento do Encontro das Águas
Cresce a expectativa do movimento SOS Encontro das Águas sobre a ação da 3ª. Vara de Justiça Federal que intimou o Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Ipaam Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas para que se pronunciem sobre o tombamento do Encontro das Águas como patrimônio natural e cultural do Brasil, pondo fim a qualquer atividade predatória nessa região. O prazo se encerra em 72 horas.
Com o título “A Justiça quer dados sobre o tombamento”, Diário do Amazonas (p.10) informa que a ação cautelar pede que Iphan declare o tombamento provisório daquele atrativo natural e que o Ipaam suspenda a licença ambiental concedida para a construção do terminal portuário das Lajes.
É vergonhoso que o Encontro das Águas, um dos maiores patrimônios culturais e naturais do Brasil, não tenha sido transformado em Unidade de Conservação pelo Estado do Amazonas.
Caravana pelo tombamento do Encontro das Águas
No sábado, dia 6 de março, o movimento SOS Encontro das Águas percorreu de voadeira a região do Puraquequara, no rio Amazonas, até o Mirante Encontro das Águas, no rio Negro. Além de representantes da comunidade altiva do bairro do Aleixo, estiveram presentes companheiros da Associação Coração Jovem do Zumbi, da Associação Amigos de Manaus (AMANA), o arquiteto André Bazella, especialista em Patrimônio Paisagístico, e o geólogo Marco, do CPRM.
A caravana teve a cobertura da TV Amazonas, e a reportagem foi ao ar no final dessa tarde. Nela, o arquiteto André Bazella confirmou que o Encontro das Águas aglutina características suficientes para ser tombado como Patrimônio Paisagístico e Cultural. Disse mais, que o Encontro das Águas deveria ser um patrimônio da humanidade.
Danos ambientais no bairro da Colônia Antônio Aleixo
Nesta segunda-feira, dia 8 de março, finalmente, três analistas do IPAAM apareceram no bairro da Colônia Antônio Aleixo para conhecer as problemáticas ambientais. Há anos a comunidade altiva desse bairro denuncia os crimes ambientais, a falta de fiscalização, a biopirataria e o contrabando na área.
Os analistas do Ipaam foram acompanhados por duas guerreiras do movimento SOS Encontro das Águas, Dona Maria do Carmo e Dona Neuza, que fizeram relatos comoventes e de profundo conhecimento ecológico se embrenhando com voadeira em todos os locais de desova, mostrando as riquezas e a degradação dos igarapés do Lago do Aleixo.
Tudo o que o movimento SOS Encontro das Águas deseja é que seja estabelecido um novo procedimento pelo Ipaam, além da “multinha” de 10 mil reais que deram à SOVEL no ano passado por estar há mais de 20 anos jogando metal pesado no Lago do Aleixo, comprometendo a cadeia alimentar da região.
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