março 21, 2010

O livro de Eli


Num futuro não muito distante, cerca de 30 anos após o término da guerra, um homem solitário cruza a paisagem devastada da América do Norte. Cidades abandonadas, viadutos destruídos, crateras no solo — ao seu redor, as marcas da destruição catastrófica. Não há civilização aqui, nem lei. As estradas pertencem a gangues que matariam um homem pelos seus sapatos, por um gole dágua ou simplesmente por nada.

Denzel Washington, Gary Oldman e Mila Kunis, em um filme dos irmãos Hughes.

Site oficial:
http://www.OLivroDeEli.com.br

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Amálgama

O livro de Eli

por Jean Garnier – Em mais uma história de um mundo pós-apocalíptico, um homem solitário caminha por terras um tanto estranhas e habitadas pela escória, que foi o que sobrou da humanidade. Há dezenas de filmes dos últimos anos com essa mesma premissa, só que O livro de Eli (estreia nesta sexta) se diferencia por empolgar de verdade.

Tudo começa quando um viajante chamado Eli (Denzel Washington) caminha durante 30 anos no meio de ruínas em direção ao Oeste dos Estados Unidos. A sua sagrada missão irá ajudar na reconstrução de um novo mundo. Ele se alimenta com o pouco que sobrou, como por exemplo um gato selvagem, e não gosta de companhias. O peregrino é um cara rápido e bom de briga, ou seja, qualquer pessoa que quiser encrenca, o provoque.

Só que em certo ponto o protagonista não tem consciência de que acaba de chegar numa cidade sem lei, quase que completamente abandonada e que há anos é dominada por Western Carnegie (Gary Oldman). Carnegie tem como passatempo sacrificar vidas, e faz todos os esforços para conseguir a última cópia de um misterioso livro, além de manter uma tempestiva e forçada relação com Claudia (Jennifer Beals) e a filha dessa sua amante, Solara (Mila Kunis). Adivinha quem possui essa relíquia? Pois bem, por conta da fé, Eli está disposto a sacrificar a vida para guardar aqueles escritos que acredita serem a redenção do planeta Terra.

A direção dos irmãos Hughes, Albert e Allen, abusou da conotação religiosa e conseguiu realizar um filme inspirador e diferenciado, recalcando um pouco numa mensagem humanista em meio à desolação restante. Os Hughes se aproveitaram de um incrível visual, mesmo usando artifícios que outros diretores já cansaram de utilizar. Denzel apresenta a enorme força de um cidadão convicto de seus ideais. Há que se frisar, também, o quanto é bom ver Oldman fazendo esse tipo de personagem perverso.

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