Caros (as) colegas jornalistas e demais comunicadores,
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) convidam profissionais e militantes da área da comunicação social para uma reunião que será realizada nesta quinta-feira (25/03), às 18h30, na sede da SDDH (vejam o endereço no final desta mensagem), e que tem como objetivo apresentar a Campanha Nacional contra a Criminalização dos Movimentos Sociais na Mídia e a Rede Nacional de Jornalistas e Comunicadores em defesa da Democracia.
Peço a todos aqueles e aquelas que estejam interessados em participar da reunião que confirmem suas respectivas presenças, respondendo essa mensagem até às 16h desta quinta-feira (25).
Cordialmente
Allan Tomaz
Colaborador da campanha
***
CONVITE
Participe da Rede de comunicadores em defesa da democracia
Sob a consigna de que vivemos num “estado democrático de direito”, vivemos uma ofensiva conservadora no Brasil contra qualquer movimento que combata a desigualdade e a concentração de renda.
Uma campanha orquestrada foi iniciada por setores da chamada “grande imprensa brasileira” – associados a interesses de grandes corporações econômicas- e parcelas do Poder Judiciário. Rapidamente outros atores entraram para somar a campanha tais como alguns promotores do Ministério Público, bancadas do Congresso Nacional. Todos com o objetivo de constranger aqueles que se indignam contra as injustiças sociais e não caem na omissão, denunciando e lutando contra as contradições expostas do neoliberalismo.
No Brasil, um dos alvos mais freqüentes é o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. As imagens e matérias que circulam das ações realizadas por esse movimento não expõem a situação das terras griladas, ou seja, roubadas do poder público para servir aos interesses de particulares.
Quando se fala da violência nos “grandes” meios de comunicação, se aborda o tema de forma que a sociedade assimila que esse problema é culpa dos pobres e daqueles que se organizam contra essa condição, estigmatizando-os de “bandidos”. No caso do MST, reproduz-se que os responsáveis pelos conflitos no campo são dos/as “sem-terras”.
No Pará, além do MST, é notório o nível de isolamento e criminalização que defensores de direitos estão sofrendo.Entre exemplos dos que estão sendo processados e/ou foram condenados: são advogados populares (em destaque o caso José Batista- CPT), são atingidos por barragem (caso dos 12 do MAB- Movimento dos Atingidos por Barragem), são sindicalistas (caso do SINTEPP e Sindicato dos Trabalhadores Rurais Sem- Terra) e até de comunicadores (caso do Osvaldo Mesquita da Rádio Cidadania- Terra Firme).
No Brasil, se iniciou um levante contra a criminalização dos defensores/as de direitos, reunindo a esquerda combativa no enfrentamento dessa forma de repressão, iniciado por alguns ativistas em favor da reforma agrária se lançou inclusive um site como um canal de informações contrapostas a CPMI da terra (http://www.reformaagraria.blog.br/) e se reuniu um Fórum de jornalistas que pudessem alimentar informações verdadeiras sobre os acontecimentos nesse campo.
No Pará, desde 2007 alguns movimentos, sob a coordenação da VIA CAMPESINA (MST, MAB, CPT, CIMI), SDDH, INTERSINDICAL E CONLUTAS, se organizaram para elaborar ações que pudessem responder às ofensivas da criminalização. Algumas ações como seminários e debates foram importantes para pautar o tema e formar massa crítica sobre a questão. Mas ainda não foi o suficiente para que se traduzisse à uma grande parte da sociedade a verdadeira perseguição “velada” que defensores de direitos estão sofrendo e quiçá fazer uma levantando dos diversos casos de criminalização no Estado.
Uma conclusão é determinante: precisamos reagir a esse tipo de repressão (criminalização) que possui diversas frentes. Daí a necessidade de se articular uma frente de comunicadores/as que estejam dispostos se organizar para formular contra- pontos à essa campanha de criminalização.
Por isso, convocamos: independente de se identificar ou não com o MST (que parece ser o principal alvo dessa ofensiva da direita), mas concordando que uma cortina nebulosa está posta nas transmissões de informações no Pará e Brasil, para que possamos analisar conjuntamente e por em prática formas coordenadas que respondam às injustiças encobertas e que possam contribuir na construção de democracia “da maioria”.
Pontos de análise/reflexão:
1. Como e quem comanda as ações que configuram essa nova forma de repressão: a criminalização?
2. Como reagir a essa campanha na mídia?
3. Como travar a batalha da comunicação, para defender quem defende a conquista de direitos dos povos no Pará e Brasil?
Reunião da Rede de Comunicadores em defesa da Democracia
Dia: 25 de março de 2010
Horário: 18h30 às 20h
Local: auditório da SDDH. (Av. José Malcher, 1381, entre Generalíssimo e 14 de Marco)
PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
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