PICICA: O professor amazonense Sérgio Freire participará como palestrante no I Seminário Interinstitucional de Análise de Discurso, em Campinas-SP. Taí um instrumento de conhecimento dos mais importantes para interrogar sobre a doença infantil que tomou conta da radiofonia baré. Por que motivos a pluralidade das vozes sociais não são democraticamente acolhidas, algumas delas submetidas acintosamente ao deboche? Dois casos são ilustrativos: um locutor nomeia a população sem-teto de "anjinhos", condena o apoio de parlamentares que acompanham esse movimento social e ainda sugere que os "invasores" ocupem as terras dos militares "para ver o que é bom pra tosse"; outro sugere que haverá uma "carnificina" no confronto entre policiais e sem-tetos, mal disfarçando o desejo de sangue. Qual o grau de responsabilidade desses sujeitos na formação do "senso comum"? O discurso sobre os acontecimentos, aparentemente submetidos à subjetividade do "comunicador", revela mais do que esconde a incapacidade desses sujeitos em submetê-los a uma análise criteriosa. Ora, acontecimentos tem relações como o nosso passado, nossa memória e nossa história. Tais sujeitos negam a obviedade de que todo acontecimento tem um caráter processual. É preciso mais respeito com a memória discursiva da cidade, ora pois!
PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
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