PICICA: Marcha da Liberdade - dia 18 de junho, sábado. Concentração no Parque dos Bilhares, às 14h30, pela av. Djalma Batista. Saída da Marcha às 16h30. Traga sua bandeira de luta. Em tempo: "Petista homofóbico é o O do Bobó", diria o saudoso Adamor Guedes sobre a presença de Walter Pinheiro na Marcha do Ódio, que motivou a carta abaixo de um pai indignado. Por essa e por outras que eu vou na Marcha do Amor, onde há respeito por todas as formas de amor.
Clips from the BBC drama Portrait of a marriage, based on the life and loves of Vita Sackville -West
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Carta aberta a Walter Pinheiro
De prcequinel@yahoo.com.br
Para pinheiro@senador.gov.br
Fiquei completamente puto dentro das calças quando li que você, um dos nossos melhores e mais formidáveis quadros, participou da imundície chamada Marcha da Família, que teve como um dos organizadores o pulha direitista e notório pastor homofóbico Silas Malafaia porque, que isso fique bem claramente assentado, organizadores e participantes da tal marcha não estavam ali para defender a família porra nenhuma: vocês todos reuniram-se para proclamar a mais abjeta e completa homofobia decorrente da religiosidade obtusa que vocês professam.
Não, prezado companheiro Walter, não perca seu precioso tempo com este velho militante sem importância tentando mostrar-me que você não é homofóbico porque, no máximo, e lamba os beiços, posso considerá-lo um homofóbico discreto, um homofóbico de baixos teores ou meio desnatado, que não é virulento como o patife do Silas Malafaia e outros sinistros deputadões e senadores que formam na definitivamente lamentável tropa do atraso que se reúne na chamada Frente Parlamentar Evangélica.
Tenho três filhos e o mais novo deles é gay, e eu o amo incondicionalmente. Ele tem 17 anos, é amoroso e inteligente, ótimo aluno (acabou de passar no vestibular da UFPR, sem ter concluído ainda o segundo grau), tem um talento especial para trabalhar coletivamente, escreve peças e é ator de teatro e, na recente tragédia que se abateu sobre nossa cidade, fez trabalho voluntário com crianças de famílias que estavam em abrigos públicos (meu menino saia de casa antes das oito da manhã e só retornava depois das oito da noite, e organizava e participava de brincadeiras e atividades com a piazada).
Significa dizer, senador petista homofóbico, que meu filho não ameaça a nenhuma família como você afirma quando resolve participar da imundície organizada, dentre outros patifões religiosos, pelo notório patifão do malafaia.
Quando meu menino resolveu viver integral e publicamente sua sexualidade eu, pai imperfeito que sou, decidi que faria tudo para proteger sua vida, sua integridade e seus valores, de modo que homofobia como a sua será por mim tratada, do pescoço pra baixo, a pontapés, até porque a cada 36 horas um integrante da banda LGTB é assassinado no Brasil. A sua homofobia mesmo quando desnatada, Walter, mata.
Sua fé, mesmo que evidentemente obtusa, merece meu respeito e se algum dia a liberdade religiosa estiver sob ameaça, quero ser convocado para defende-la irrestritamente mas, como é próprio, cada vez que vocês acenderem as fogueiras da inquisição eu, nos meus limites e forças, farei o que for possível para apagá-las.
Estou aqui para defender meu filho, e o farei, bando de homofóbicos religiosos filhos-da-puta!
Paulo Roberto Cequinel mora em Antonina e é autor do blog O Ornitorrinco – prcequinel.blogspot.com
Fonte: Correio do Litoral.com
Para pinheiro@senador.gov.br
Fiquei completamente puto dentro das calças quando li que você, um dos nossos melhores e mais formidáveis quadros, participou da imundície chamada Marcha da Família, que teve como um dos organizadores o pulha direitista e notório pastor homofóbico Silas Malafaia porque, que isso fique bem claramente assentado, organizadores e participantes da tal marcha não estavam ali para defender a família porra nenhuma: vocês todos reuniram-se para proclamar a mais abjeta e completa homofobia decorrente da religiosidade obtusa que vocês professam.
Não, prezado companheiro Walter, não perca seu precioso tempo com este velho militante sem importância tentando mostrar-me que você não é homofóbico porque, no máximo, e lamba os beiços, posso considerá-lo um homofóbico discreto, um homofóbico de baixos teores ou meio desnatado, que não é virulento como o patife do Silas Malafaia e outros sinistros deputadões e senadores que formam na definitivamente lamentável tropa do atraso que se reúne na chamada Frente Parlamentar Evangélica.
Tenho três filhos e o mais novo deles é gay, e eu o amo incondicionalmente. Ele tem 17 anos, é amoroso e inteligente, ótimo aluno (acabou de passar no vestibular da UFPR, sem ter concluído ainda o segundo grau), tem um talento especial para trabalhar coletivamente, escreve peças e é ator de teatro e, na recente tragédia que se abateu sobre nossa cidade, fez trabalho voluntário com crianças de famílias que estavam em abrigos públicos (meu menino saia de casa antes das oito da manhã e só retornava depois das oito da noite, e organizava e participava de brincadeiras e atividades com a piazada).
Significa dizer, senador petista homofóbico, que meu filho não ameaça a nenhuma família como você afirma quando resolve participar da imundície organizada, dentre outros patifões religiosos, pelo notório patifão do malafaia.
Quando meu menino resolveu viver integral e publicamente sua sexualidade eu, pai imperfeito que sou, decidi que faria tudo para proteger sua vida, sua integridade e seus valores, de modo que homofobia como a sua será por mim tratada, do pescoço pra baixo, a pontapés, até porque a cada 36 horas um integrante da banda LGTB é assassinado no Brasil. A sua homofobia mesmo quando desnatada, Walter, mata.
Sua fé, mesmo que evidentemente obtusa, merece meu respeito e se algum dia a liberdade religiosa estiver sob ameaça, quero ser convocado para defende-la irrestritamente mas, como é próprio, cada vez que vocês acenderem as fogueiras da inquisição eu, nos meus limites e forças, farei o que for possível para apagá-las.
Estou aqui para defender meu filho, e o farei, bando de homofóbicos religiosos filhos-da-puta!
Paulo Roberto Cequinel mora em Antonina e é autor do blog O Ornitorrinco – prcequinel.blogspot.com
Fonte: Correio do Litoral.com
Um comentário:
Oi, Rogelio! Ó só: STF libera marcha da maconha. Direto do plenário. Confira:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=182114
Gde abraço.
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