PICICA: Salvo melhor juízo, ali aonde a Lei de Saúde Mental, de 6 de maio de 2101, é desrespeitada, é onde a militância por luta por uma sociedade sem manicômios menos se fez presente. Por uma ironia da história, foi no Estado dirigido pelos tucanos há mais de vinte anos que se registrou o mais importante evento antimanicomial do Brasil: Santos foi o primeiro município a fechar um manicômio e criar uma política de saúde mental baseada na atenção psicossocial. A experiência se disseminou por todo o Brasil. A origem política do atual Coordenador Nacional de Saúde Mental, Roberto Tikanory, vem do compromisso dos trabalhadores de saúde mental comprometidos com a luta antimanicomial, e que atuavam na administração municipal do PT em Santos. Estavamos no final dos anos 1980. De lá pra, contam-se nos dedos os municípios paulistas com experiências semelhantes, em profundidade e importância. Mas o QG dos tucanos, instalados na capital do Estado, que preocupa os militantes da luta antimanicomial, tal é o atraso da reforma psiquiátrica - exceções de praxe - na cidade de S. Paulo. Se não quisermos que São Paulo seja o túmulo da reforma psiquiátrica, que tal se os militantes se incorporassem à Marcha da Liberdade por mais e melhores CAPS em todo o Estado de S. Paulo. Em tempo: Este post é dedicado a Luana Carvalho.
Matéria exibida no mês de maio pela TV Alesp fala sobre os desafios enfrentados para a efetivação da reforma psiquiátrica, principalmente no Estado de São Paulo. Embora exista uma lei, há lugares, como no município de Sorocaba, onde ela não é cumprida, que o número de leitos psiquiátricos é muito acima do que a legislação determina.
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