PICICA: O Encontro rolou na noite de ontem. Fica o registro.
Antes do homem, o macaco. Antes do macaco, o peixe. Antes da terra, a água. Se nos fosse permitido viajar ao passado, essa seria a sequência que observaríamos: um planeta coberto de água, com uma vida totalmente submersa. Mas isso aconteceu há bilhões de anos. O planeta transformou-se e, apesar de ser coberto ainda, em sua maior parte, por água, chama-se Terra. A explicação é muito simples: é na terra que vive a humana gente, que, afinal, manda e desmanda no planeta.
Em seu décimo livro, A Cidade perdida dos meninos-peixes, Zemaria Pinto expõe de forma reflexiva a narrativa da lenda do povo-água que por sua vez era possuidora da lenda do povo-terra com “atualizações” do mundo moderno. Dessa forma o autor faz uma crítica da realidade contemporânea, ao apresentar a crise do mundo em seus aspectos ambientais e sociais. Em uma passagem da obra, Zemaria apresenta o cenário em que desenrola a narrativa.
Mas essa não é uma regra absoluta. Na imensidão do mar-oceano ou nas profundezas dos grandes rios existem vestígios de antigas civilizações que não migraram para a terra, mas cumpriram ali todos os estágios da evolução. São cidades inteiras que se desenvolveram sob as águas, dando motivos para muitas histórias, que, de tão repetidas e transformadas, tornaram-se lendas. No Amazonas, por exemplo, a Iara é uma dessas lendas: uma bela moça, que em noites de luar emerge para encantar os pescadores, levando-os para seu reino, no fundo dos rios. O boto conquistador é um rapaz que freqüenta as festas no interior e, após seduzir as mocinhas ingênuas, desaparece nas águas escuras dos rios amazônicos. Essas lendas fundamentam-se em casos que são passados segundo uma tradição oral, que se renova sempre e sempre.
Sobre o autor
Ensaísta, dramaturgo e poeta, Zemaria Pinto é professor de Teoria da Literatura e de Literatura Brasileira. Além de inúmeras palestras sobre literatura, tem ministrado oficinas e cursos, com destaque para a poesia. Tem dez livros publicados: três de poemas (Fragmentos de silêncio – 1995, Música para surdos – 2001), um de haicais (Dabacuri – 2004); uma peça de teatro (Nós, Medéia – 2003), dois de ensaios para o vestibular (em 2000 e 2001, em parceria com o professor Marcos Frederico Krüger), organização de poemas de Octávio Sarmento (A Uiara & outros poemas – 2007) e um de teoria literária (O texto nu – 2009), além do recém-lançado ensaio O conto no Amazonas – 2011. Próximos lançamentos: O beija-flor e o gavião (juvenil),Viagens na casa do meu avô (infantil), Ensaios ligeiros (artigos), Drops de pimenta (contos), Lira da madrugada (ensaio). Peças de teatro: Papai cumpriu sua missão, Diante da justiça e O beija-flor e o gavião (encenadas); Nós, Medéia, A cidade perdida dos meninos-peixes (versão para o palco), Otelo solo e Cenas da vida banal (inéditas). Membro da Academia Amazonense de Letras, Zemaria Pinto mantém os blogs: O Fingidor (http://ofingidor2008.blogspot.com), Poesia na Alcova (http://poesianaalcova.blogspot.com) e Palavra do Fingidor (http://palavradofingidor.blogspot.com), divulgando a literatura produzida no Amazonas.
Evento: Encontro com a Palavra (palestra e lançamento do livro A cidade perdida dos meninos-peixes)
Autor do livro e palestrante: Zemaria Pinto
Promoção: Editora Valer e Livraria Saraiva MegaStore
Editora: Valer
Páginas: 56
Valor do livro: R$ 24,00
Data: 18 de junho de 2011
Horário: 16h
Promoção: Editora Valer e Livraria Saraiva MegaStore
Local: Livraria Saraiva MegaStore do Manauara Shopping situada na Av. Mário Ypiranga Monteiro (antiga Recife), 1300 – Adrianópolis.
Contatos: Valer: (92) 3635-1245 / Autor: (92) 9984-2407/ zemariapinto@hotmail.com
Assista a entrevista do escritor Zemaria Pinto falando sobre sua obra no Programa Literatura em Foco:
http://amazonsat.com.br/script/video.php?idVideo=NoMTJoMjrCeWIB4_UGrZ0f2jiK4M7Gzt#ooid=NoMTJoMjrCeWIB4_UGrZ0f2jiK4M7Gzt
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