PICICA: "Num debate mais que necessário, o vereador carioca fala ainda sobre o
uso medicinal e os riscos da droga, com a necessidade de ter uma Rede
de Atenção em Saúde Mental. “As pessoas que desenvolvem dependência
precisam ser atendidas com metodologia correta, e o atendimento
ambulatorial é mais do que suficiente na maioria dos casos.”"
Legalização da maconha: um debate inadiável no Brasil
Quando a sociedade proíbe uma droga, ela abre mão de controlá-la – sustenta o sociólogo e vereador carioca Renato Cinco
Um vídeo do Coletivo Candeia
É mais fácil para um adolescente, hoje, comprar um cigarro de maconha do que uma lata de cerveja: a venda do álcool é regulada e para o vendedor da maconha, que está na ilegalidade, tanto faz o comprador ser maior ou menor. Essa é uma das razões por que o sociólogo e vereador Renato Cinco (PSOL/RJ) defende a legalização da planta.
“Qualquer modelo de legalização é melhor do que manter a lógica de morte, prisão e violência que existe hoje”, afirma ele. “O tráfico de drogas é a principal razão da violência nas cidades e da prisão de jovens. Há usuários presos como traficantes e 60% dos traficantes encarcerados nunca pegaram em armas, são uma espécie de camelôs da droga.” A legalização da produção, comercialização e uso da maconha enfraquecerá o tráfico, pois a maconha ocupa cerca de 90% do mercado de drogas ilícitas.
Para ele, a legalização não deve permitir que surjam a Ambev ou a Souza Cruz da maconha – deve-se pensar uma regulamentação que evite os grandes negócios. “Tinha de ter a regulamentação do cultivo individual, a regulamentação das cooperativas e a de como ambos podem vender o excedente de produção. E a publicidade deve ser totalmente proibida“– afirma.
Num debate mais que necessário, o vereador carioca fala ainda sobre o uso medicinal e os riscos da droga, com a necessidade de ter uma Rede de Atenção em Saúde Mental. “As pessoas que desenvolvem dependência precisam ser atendidas com metodologia correta, e o atendimento ambulatorial é mais do que suficiente na maioria dos casos.” Confira na entrevista em vídeo realizada pelo Canal DoisP.
Fonte: Blog da Redação
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