Por Dionnara Castro
MORFOSES
Sempre situamos o lugar a partir do qual falamos, os valores que nos perpassam e sobredeterminam, o que convém mapear, sob risco de errarmos na perspectiva. Lembro-me da praça pública destruída, como também a formação acadêmica, os espaços públicos, num exercício de esvaziamento da cidadania. Interesses privados prevalecem sobre aqueles pautados pela maioria da população marginalizada, incluindo o direito à vida - cujo valor é inestimável - à moradia, dentre outros direitos constitucionais. Esse esfacelamento do espaço público é sistêmico e intencional, para assegurar a continuação de formas desumanas - inerentes ao humano - de aprisionamento e extermínio do outro. Nesta cadeia liberal de miserabilizados, presos, exterminados, refugiados, nem sequer temos tempo para conseguir analisar o pensar, o sentir, o perceber etc., tamanha ignorância da dita normalidade. Enfim, pretende-se reafirmar a proposta, na qual ensino, pesquisa e extensão estejam sempre ARTiculados. Destarte, evoca-se gentil e urgentemente o código de conduta ética, expresso no exercício dos Direitos Humanos, que se coloca como reserva de energia, em meio à padronização, engrenagens, repetição sintomática das condutas humanamente-desumanas. Analisemos a forma pela qual as relações estão sendo estabelecidas e a forma pela qual os conflitos estão sendo equacionados na contemporaneidade! Creio que o ponto de mutação mais importante é aquele que nos coloca a capacidade de “solidarizarmo-nos solitariamente” com o outro. Assim, conseguimos estabelecer vínculos, que nos permitam lançar novas formas de interagirmos-nos com a realidade. O universo pulsa. E expande o haver. Afinal: tudo acabará numa bomba H? Será sorte ou azar?! Até mais!
O Espaço Convés fica na Rua Cel Tamarindo, 137 - Gragoatá - Niterói.
Mais informações, fotos das atividades e espaço para novos artistas: www.artejovem.org / (21) 8844-4192.
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