*Ato de elaborar, investigar ou editar uma notícia de forma dirigida, parcial, preconcebida, para atender determinados objetivos e interesses (da direção do veículo ou do próprio repórter).
(Dicionário de Comunicação, Editora Campus, 2001)
***
Nota do blog: Informação tem que ser cristalina. Egixe uma tomada de posição. Proponho uma leitura crítica da matéria publicada em A Crítica no dia de hoje. A começar pela chamada de primeira página. O conteúdo escrito pela jornalista Ana Celia Ossame está em desacordo com a chamada da primeira página, cuja edição não é da sua responsabilidade. Seu texto, como sempre, é sóbrio. Já a manchete "Enfim, o Porto das Lajes é aceito" padece de criatividade. É primário. Confunde o leitor desatento. É de se perguntar: foi aceito por quem, cara-pálida? O texto da jornalista reconhece que o movimento SOS Encontro das Águas é contra a construção do porto naquela região. Ora, toda a imprensa sabe que o movimento conta com a participação dos comunitários organizados do bairro Colônia Antônio Aleixo. Quanto a presença de um diretor da empresa Lajes Login durante a manifestação, taí um fato mais do que suspeito. O jornal perdeu a oportunidade de investigar a natureza dessa relação, marcada pela cooptação de alguns comunitários. A menos que interesses comerciais estejam se sobrepondo aos interesses coletivos. Nesse caso, é o Amazonas quem sai perdendo. O nosso principal patrimônio paisagístico está ameaçado pela construção do terminal portuário, enquanto a opinião pública fica a mercê da manipulação. Lástima! A luta continua, pela conservação do Encontro das Águas. Comentários do blog em vermelho. Reafirmamos nosso respeito à jornalista autora da matéria, que acabou sendo objeto de uma visão editorial tendenciosa.
Manifestação reúne moradores
Manifestação reúne moradores
Ana Celia Ossame
Da equipe de A CRÍTICA
Aproximadamente 30 moradores realizaram ontem à tarde, no bairro Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste, uma manifestação em favor da construção do Porto da Lajes, cujo destino estaria sendo decidido amanhã, em audiência privada na Vara do Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa). Sob o comando de Messias Braga da Silva, presidente da Associação dos Moradores do bairro, a mobilização defendeu a construção da obra pela geração de emprego (de onde surgiu o Sr. Messias, já que o presidente da Associação dos Moradores do bairro é o Sr. Cleudo?). O Movimento “SOS Encontro das Águas”, no entanto, é contra a construção do porto na área escolhida por considerar prejuízos ambientais a um dos pontos turísticos naturais mais importantes do Estado (movimento que conta com a participação da sociedade civil organizada e dos comunitários organizados do bairro do Colônia Antonio Aleixo, e que só numa manifestação teve o tripo da participação desse arremedo de manifestação, testemunhada pela imprensa local).
Defesa
Vestidos com camisetas contendo inscrições defendendo a obra, os manifestantes foram até o local onde está projetada a construção do porto. Para eles, a obra só vai fazer bem para a comunidade. Itamar Feitoza, 43, líder comunitário do bairro, disse que a geração de emprego e renda será benéfica e que isso será possível com a capacitação que será dada pelo Serviço Nacional da Indústria (Senai) e o Serviço de Apoio Brasileiro à Pequena e Média Empresa (Sebrae), fato confirmado pelo diretor da Lajes Login, empresa responsável pelo projeto, Sergio Galizo, que acompanhou a manifestação. (aqui fica subentendido que as relações entre a empresa e a presente manifestação não são casuais).
Em agosto do ano passado, o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação contra a realização da audiência pública com vistas à expedição da licença ambiental da obra, marcada para ser realizada no Careiro, pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que acabou sendo cancelada. Desde então, o processo de licenciamento ambiental da obra está paralisado (nunca é demais reforçar a informação de que o relatório de impacto ambiental deixou de responder mais de 60 questões levantadas pelo IPAAM).
Da equipe de A CRÍTICA
Aproximadamente 30 moradores realizaram ontem à tarde, no bairro Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste, uma manifestação em favor da construção do Porto da Lajes, cujo destino estaria sendo decidido amanhã, em audiência privada na Vara do Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa). Sob o comando de Messias Braga da Silva, presidente da Associação dos Moradores do bairro, a mobilização defendeu a construção da obra pela geração de emprego (de onde surgiu o Sr. Messias, já que o presidente da Associação dos Moradores do bairro é o Sr. Cleudo?). O Movimento “SOS Encontro das Águas”, no entanto, é contra a construção do porto na área escolhida por considerar prejuízos ambientais a um dos pontos turísticos naturais mais importantes do Estado (movimento que conta com a participação da sociedade civil organizada e dos comunitários organizados do bairro do Colônia Antonio Aleixo, e que só numa manifestação teve o tripo da participação desse arremedo de manifestação, testemunhada pela imprensa local).
Defesa
Vestidos com camisetas contendo inscrições defendendo a obra, os manifestantes foram até o local onde está projetada a construção do porto. Para eles, a obra só vai fazer bem para a comunidade. Itamar Feitoza, 43, líder comunitário do bairro, disse que a geração de emprego e renda será benéfica e que isso será possível com a capacitação que será dada pelo Serviço Nacional da Indústria (Senai) e o Serviço de Apoio Brasileiro à Pequena e Média Empresa (Sebrae), fato confirmado pelo diretor da Lajes Login, empresa responsável pelo projeto, Sergio Galizo, que acompanhou a manifestação. (aqui fica subentendido que as relações entre a empresa e a presente manifestação não são casuais).
Em agosto do ano passado, o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação contra a realização da audiência pública com vistas à expedição da licença ambiental da obra, marcada para ser realizada no Careiro, pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que acabou sendo cancelada. Desde então, o processo de licenciamento ambiental da obra está paralisado (nunca é demais reforçar a informação de que o relatório de impacto ambiental deixou de responder mais de 60 questões levantadas pelo IPAAM).
Fonte: A Crítica
Nenhum comentário:
Postar um comentário