PICICA: "O suposto proprietário tem planos para construir uma empresa de reciclagem na área. Disse que vai limpar tudo e deu um prazo de 10 dias para que os moradores saiam das casas localizadas na margem do lago. Segundo informações, ele está está oferecendo R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para que os moradores saiam do lugar e providenciem uma nova casa."
Imagens de Valter Calheiros - Lago do Aleixo / Manaus - Junho de 2012
DESMATAMENTO E AMEAÇA DE DESOCUPAÇÃO NAS TERRAS DO LAGO DO ALEIXO
Na
área próxima a Penitenciária do Puraquequara, entre o final do lago e o
início do igarapé da Castanheira, o senhor João de Souza Farias, está
se intitulando dono das terras. Este senhor atua desde o início da
Comunidade Bela Vista no ramo de venda de madeira, tendo chegado bem antes
da construção da Penitenciária. Hoje no local de sua madeireira
(próxima a Penitenciária do Puraquequara), existe um porto de descarrega
seixo e areia.
O suposto proprietário tem planos para construir uma empresa de reciclagem na área. Disse que vai limpar tudo e deu um prazo de 10 dias para que os
moradores saiam das casas localizadas na margem do lago. Segundo informações, ele está está
oferecendo R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para que os moradores
saiam do lugar e providenciem uma nova casa.
Essas
informações foram dadas pelos moradores da área. A pedidos a área foi fotografada com o objetivo de encaminhar pedido às autoridades para que os
moradores não sejam expulsos de suas casas. Segundo os moradores, o
dito proprietário ameaça limpar tudo e jogar mata e aterro no lago.
Os moradores da região pretendiam tomar um posicionamento quando foram surpreendidos, na manhã de sábado, pela presença de máquinas. Foi iniciado o dematamento da área próxima à penitenciária do Puraquequara.
Resistência e solidariedade
Segundo Hamilton Leão, do IACi, a promotora criminal de plantão no Ministério Público do Estado sugeriu que a denúncia seja feita numa delegacia próxima, para posterior encaminhamento à Vara Especializada em Meio Ambiente, posto que ela não funciona nos finais de semana.,
Às 09h00 deste domingo, dia 10/06, foi marcado uma visita ao local do crime ambiental.
Estarão presentes um representante da Comissão de Meio Ambiente da ALE e integrantes do
IACi.
Houve tentativas de acionar o Batalhão Ambiental (3214-8904), mas ninguém atendeu o telefone. Novos esforços de comunicação estão sendo tentados. Espera-se a presençada SEMMAS e da imprensa na visita ao local neste domingo.
Este blog tem chamado atenção para o fato de que toda aquela região será objeto de tensões diante da expansão da região metropolitana da cidade. São inúmeras as comunidades de ribeirinhos tradicionais naquele território: Colônia Antônio Aleixo, Puraquequara, Mainá, São Francisco do Tabocal, Jatuarana, Terra Nova, entre outras.
O movimento socioambiental vai ter muito trabalho. O pior pode ser evitado. Mas para isso é preciso abrir diálogo entre a sociedade e os poderes públicos e cobrar as irregularidades constatadas no lugar, a começar do esgoto da penitenciária, despejada nas águas do lago sem nenhum tipo de tratamento.
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