Boletim Carta Maior - 19 de Julho de 2013
Contratada no governo FHC, Booz-Allen já operava como gabinete paralelo da comunidade da informação dos EUA
No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem, estão sob suspeita. As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque. A empresa orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes países, incluindo os setores de bancos, energia, siderurgia e telecomunicações no Brasil.
No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem, estão sob suspeita. As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque. A empresa orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes países, incluindo os setores de bancos, energia, siderurgia e telecomunicações no Brasil.
Argentina também foi alvo do grande grampo
A presidenta Kirchner pediu ao Mercosul que eleve seu protesto na reunião da semana passada. Dilma e seu chanceler já intercambiaram reclamações com Washington, que, por sua vez, dobra a aposta para recuperar Snowden. “Petróleo” e “energia”, duas das palavras que serviram como filtro para a captura de mensagens. Por Martín Granovsky, Página 12
A presidenta Kirchner pediu ao Mercosul que eleve seu protesto na reunião da semana passada. Dilma e seu chanceler já intercambiaram reclamações com Washington, que, por sua vez, dobra a aposta para recuperar Snowden. “Petróleo” e “energia”, duas das palavras que serviram como filtro para a captura de mensagens. Por Martín Granovsky, Página 12
O objeto de desejo, a obsessão de Obama
Encalhado em Moscou, sem ter para onde ir, Edward Snowden resolveu pedir asilo à Rússia. Será o primeiro passo para poder ir para um dos três países – a Nicarágua, a Venezuela e a Bolívia – que ofereceram asilo ao ex técnico terceirizado da CIA que desmontou uma das grandes farsas do governo de Barack Obama.
Encalhado em Moscou, sem ter para onde ir, Edward Snowden resolveu pedir asilo à Rússia. Será o primeiro passo para poder ir para um dos três países – a Nicarágua, a Venezuela e a Bolívia – que ofereceram asilo ao ex técnico terceirizado da CIA que desmontou uma das grandes farsas do governo de Barack Obama.
O fator Snowden: A América do Sul diante do impulso imperial
A América do Sul diante do impulso imperial O caso do ex-toupeira da CIA deixará mais incertas e complexas as relações entre a América Latina e os EUA. Entretanto, mesmo sem justificar a espionagem norte-americana nem o maltrato a Evo Morales na Europa, os presidentes da região deveriam evitar que o episódio contribua para colocar o continente outra vez na mira de Washington. Por Juan Gabriel Tokatlian, para o La Nacion
A América do Sul diante do impulso imperial O caso do ex-toupeira da CIA deixará mais incertas e complexas as relações entre a América Latina e os EUA. Entretanto, mesmo sem justificar a espionagem norte-americana nem o maltrato a Evo Morales na Europa, os presidentes da região deveriam evitar que o episódio contribua para colocar o continente outra vez na mira de Washington. Por Juan Gabriel Tokatlian, para o La Nacion
Snowden fala no aeroporto de Moscou. Leia íntegra
Leia aqui a íntegra do pronunciamento de Edward Snowden no aeroporto internacional de Moscou, feito nesta sexta-feira (12), às 17 horas de Moscou, e divulgado pelo site Wikileaks (disponível também no site do jornal ‘The Guardian’). Tradução de Flávio Aguiar
Leia aqui a íntegra do pronunciamento de Edward Snowden no aeroporto internacional de Moscou, feito nesta sexta-feira (12), às 17 horas de Moscou, e divulgado pelo site Wikileaks (disponível também no site do jornal ‘The Guardian’). Tradução de Flávio Aguiar
Um terremoto chamado Snowden
Se houvesse uma escala para efeitos de denúncias internacionais, como há a Richter para os terremotos, o caso Snowden estaria no topo. De certo modo, as revelações do ex-espião norte-americano são mais impactantes do que as feitas tempos atrás por Julian Assange, com o auxílio de Bradley Manning.
Se houvesse uma escala para efeitos de denúncias internacionais, como há a Richter para os terremotos, o caso Snowden estaria no topo. De certo modo, as revelações do ex-espião norte-americano são mais impactantes do que as feitas tempos atrás por Julian Assange, com o auxílio de Bradley Manning.
Rede de espionagem dos EUA causa indignação na Europa
Os europeus acabam de descobrir os golpes baixos que se escondem por trás da palavra “aliança”. Segundo revelou o semanário alemão Der Spiegel, Washington espiona de maneira constante representantes e ocupantes de cargos da União Europeia, além de registrar, a cada mês, cerca de 500 milhões de comunicações realizadas por telefone ou pela internet na Alemanha. Concretamente, a Agência de Segurança Nacional (NSA) ocultou microfones e se infiltrou nas redes informática da delegação da União Europeia em Washington. Por Eduardo Febbro, de Paris.
Os europeus acabam de descobrir os golpes baixos que se escondem por trás da palavra “aliança”. Segundo revelou o semanário alemão Der Spiegel, Washington espiona de maneira constante representantes e ocupantes de cargos da União Europeia, além de registrar, a cada mês, cerca de 500 milhões de comunicações realizadas por telefone ou pela internet na Alemanha. Concretamente, a Agência de Segurança Nacional (NSA) ocultou microfones e se infiltrou nas redes informática da delegação da União Europeia em Washington. Por Eduardo Febbro, de Paris.
Embaixada do Equador em Londres foi alvo de espionagem
Sede diplomática do Equador no Reino Unido estava sendo espionada. Um microfone foi descoberto no registro de um aquecedor elétrico no escritório da embaixadora Ana Alban há duas semanas, durante a visita do chanceler equatoriano a Londres em sua tentativa de encontrar uma saída diplomática para o caso Assange. Empresa de segurança suspeita nega ter plantado os microfones na embaixada. Por Marcelo Justo.
Sede diplomática do Equador no Reino Unido estava sendo espionada. Um microfone foi descoberto no registro de um aquecedor elétrico no escritório da embaixadora Ana Alban há duas semanas, durante a visita do chanceler equatoriano a Londres em sua tentativa de encontrar uma saída diplomática para o caso Assange. Empresa de segurança suspeita nega ter plantado os microfones na embaixada. Por Marcelo Justo.
As redes de espionagem secreta das democracias ocidentais
O episódio infame que fez com que o avião do presidente Evo Morales fosse bloqueado em Viena com base em um rumor infundado lançado pela Espanha, segundo o qual o ex-agente da NSA norteamericana, Edward Snowden, se encontrava a bordo é a consequência de uma caçada humana lançada pelo Ocidente em nome de um novo delito: a informação. Os “aliados” se espionam entre si e espionam o mundo. Quando alguém resolve denunciar a ditadura tecnológica universal torna-se um delinquente. Por Eduardo Febbro, de Paris.
O episódio infame que fez com que o avião do presidente Evo Morales fosse bloqueado em Viena com base em um rumor infundado lançado pela Espanha, segundo o qual o ex-agente da NSA norteamericana, Edward Snowden, se encontrava a bordo é a consequência de uma caçada humana lançada pelo Ocidente em nome de um novo delito: a informação. Os “aliados” se espionam entre si e espionam o mundo. Quando alguém resolve denunciar a ditadura tecnológica universal torna-se um delinquente. Por Eduardo Febbro, de Paris.
Ignacio Ramonet: 'Somos todos vigiados'
Snowden, Manning e Assange são defensores da liberdade de expressão, lutam em favor da democracia e dos interesses de todos os cidadãos do planeta. Hoje são assediados e perseguidos pelo “Grande Irmão” norte-americano. Por que os três heróis do nosso tempo assumiram correr semelhante riscos, que podem custar a sua própria vida? Por Ignacio Ramonet
Snowden, Manning e Assange são defensores da liberdade de expressão, lutam em favor da democracia e dos interesses de todos os cidadãos do planeta. Hoje são assediados e perseguidos pelo “Grande Irmão” norte-americano. Por que os três heróis do nosso tempo assumiram correr semelhante riscos, que podem custar a sua própria vida? Por Ignacio Ramonet
Todos de joelhos?
Depois da verborragia dos governantes europeus que fizeram coro contra o sistema de vigilância americano contra países amigos, o silêncio evidencia apenas uma pergunta: que país, entre aliados e nem tanto aliados dos Estados Unidos, está realmente disposto a desafiar a nação mais poderosa do mundo e conceder asilo a Edward Snowden? Por Elizabeth Carvalho, de Berlim
Depois da verborragia dos governantes europeus que fizeram coro contra o sistema de vigilância americano contra países amigos, o silêncio evidencia apenas uma pergunta: que país, entre aliados e nem tanto aliados dos Estados Unidos, está realmente disposto a desafiar a nação mais poderosa do mundo e conceder asilo a Edward Snowden? Por Elizabeth Carvalho, de Berlim
Porque o Equador seria o refúgio ideal para Edward Snowden
Será ótimo se Edward Snowden conseguir chegar ao Equador, tanto para ele quanto para o mundo. O governo equatoriano, incluindo o presidente Rafael Correa, provou sua firmeza ao enfrentar as ameaças e abusos ocorridos ano passado quando garantiu asilo a Julian Assange. Por Mark Weisbrot
Será ótimo se Edward Snowden conseguir chegar ao Equador, tanto para ele quanto para o mundo. O governo equatoriano, incluindo o presidente Rafael Correa, provou sua firmeza ao enfrentar as ameaças e abusos ocorridos ano passado quando garantiu asilo a Julian Assange. Por Mark Weisbrot
Espionagem global: ‘A liberdade de cada cidadão está ameaçada’
Em entrevista à Carta Maior, o advogado Patrick Baudouin, presidente de honra da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), explica as bases da ação judicial na França contra a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos e várias empresas transnacionais de internet pelo envolvimento das mesmas em um esquema de espionagem global. Baudouin analisa tanto a prepotência norte-americana como o perfil de lacaio de Washington adotado pela União Europeia. Por Eduardo Febbro, de Paris
Em entrevista à Carta Maior, o advogado Patrick Baudouin, presidente de honra da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), explica as bases da ação judicial na França contra a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos e várias empresas transnacionais de internet pelo envolvimento das mesmas em um esquema de espionagem global. Baudouin analisa tanto a prepotência norte-americana como o perfil de lacaio de Washington adotado pela União Europeia. Por Eduardo Febbro, de Paris
As implicações político-jurídicas do caso Snowden no Brasil
Brasil possui somente uma lei que trata do crime de espionagem, e ela é do final do regime militar. Essa prática ensejaria o enquadramento na Lei de Segurança Nacional de n. 7170/83. Além disso, após a Constituição de 1988, e coincidentemente no período FHC, entrou em vigor a lei 9296/96, que buscava regulamentar as interceptações telefônicas. Por Andre Luiz Hoffmann
Brasil possui somente uma lei que trata do crime de espionagem, e ela é do final do regime militar. Essa prática ensejaria o enquadramento na Lei de Segurança Nacional de n. 7170/83. Além disso, após a Constituição de 1988, e coincidentemente no período FHC, entrou em vigor a lei 9296/96, que buscava regulamentar as interceptações telefônicas. Por Andre Luiz Hoffmann
Flávio Aguiar
Os Davis, os Golias e a 'questão Snowden'
De um lado estão Edward Snowden, Bradley Manning, e Julian Assange, fechando o círculo dos Davis. O lado dos Golias conta com as agências de segurança e inteligência dos governos dos EUA e do Reino Unido. Poderia ser um romance de John Le Carré. Aliás, espero que venha a ser.
Os Davis, os Golias e a 'questão Snowden'
De um lado estão Edward Snowden, Bradley Manning, e Julian Assange, fechando o círculo dos Davis. O lado dos Golias conta com as agências de segurança e inteligência dos governos dos EUA e do Reino Unido. Poderia ser um romance de John Le Carré. Aliás, espero que venha a ser.
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