PICICA: Por um novo conceito de cidade.
Foto: Otoni Mesquita
SOB A BENÇÃO DE N.S. DE NAZARÉ, O MOVIMENTO DE
PROTEÇÃO DA PRAÇA DO MESMO NOME - QUE ESTÁ AMEAÇADA POR INTERVENÇÃO DA
PREFEITURA EM NOME DE UM PROJETO DE MOBILIDADE URBANA QUE NÃO ESCUTA A
SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA -, AGORA SOB A DENOMINAÇÃO
"Direitos Urbanos", COMEMOROU, NA NOITE DE 8 DE JULHO, A SUSPENSÃO
PROVISÓRIA DA OBRA OBTIDA JUNTO AO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA AVALIAR
IMPACTOS E A NATUREZA DO PROJETO. O MOVIMENTO CONTA COM A ADESÃO DE
PROFISSIONAIS LIBERAIS, EMPRESÁRIOS, ARTISTAS, PROFESSORES, ESTUDANTES E
MILITANTES DE OUTROS MOVIMENTOS SOCIAIS (COMO O SOS ENCONTRO DAS ÁGUAS,
IACI, MPL), ALÉM DE ESPECIALISTAS EM ARQUITETURA E URBANISMO. O USO DE
DINHEIRO PÚBLICO PARA OBRAS DE MOBILIDADE URBANA NÃO PODE, EM HIPÓTESE
ALGUMA, SACRIFICAR NOSSAS PRAÇAS, COMO DEMONSTRA O MACABRO OBITUÁRIO DAS
ÁREAS VERDES DA CIDADE, IMPUNEMENTE PRATICADA POR INÚMERAS
ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS. QUEREMOS UM PLANO DE MOBILIDADE COM TRANSPORTE
MODERNO E INTEGRADO ÀS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO, E NÃO UM ARRANJO DE
INTERESSES PRIVADOS. QUEREMOS UM NOVO CONCEITO DE CIDADE, E NÃO UM
ARREMEDO DE OBRAS DE REVITALIZAÇÃO. SE CADA UMA PESSOA - DENTRO E FORA
DO MOVIMENTO "Direitos Urbanos" - É FRUTO DA RESULTANTE DOS ENCONTROS,
FATORES, RECURSOS E CARACTERÍSTICAS DA SUA HISTÓRIA (SOMOS UM GRUPO
MARCADO POR DIFERENTES EXPERIÊNCIAS), O QUE QUEREMOS É QUE A CIDADE QUE
PREZA PELO NOME FIQUE CADA VEZ MAIS DEPENDENTE DA PESSOA ENQUANTO
INTERAÇÃO, LOCALIZAÇÃO, ACESSO E FUNCIONALIDADE DOS RECURSOS USADOS PARA
HABITAR E SE DESLOCAR NA URBE. OS CONCEITOS DE PESSOA E CIDADE SÃO
INSEPARÁVEIS. ELES ADVÉM DA CO-EXTENSÃO ENTRE O QUE SE É, O QUE SE TEM, O
QUE SE ACESSA E DO QUE SE DISPÕE. A CIDADE COMO REDE É PERTINENTE À
REDE QUE UMA PESSOA É. POR ISSO CADA UMA DAS PESSOAS ENVOLVIDAS EM
DEFESA DOS "Direitos Urbanos" PODE DIZER: "A CIDADE SOU EU". E TODOS NÓS
QUEREMOS UMA CIDADE EM QUE HAJA CONVERGÊNCIA ENTRE O FLUXO DA
INFORMAÇÃO, ACESSO AOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS E CULTURAIS, E QUE O ENTORNO
SOCIO-AMBIENTAL E SEUS RECURSOS DE CONEXÃO E COMUNICAÇÃO NÃO SEPARE O
HABITAT DO HABITANTE. A CIDADE QUE QUEREMOS É A CIDADE QUE CADA UM É,
SEM QUE PRECISEMOS PEDIR LICENÇA PARA ENTRAR, SEGUINDO REGRAS CRIADAS EM
OUTROS CONTEXTOS. NÃO SOMOS MELHORES NEM PIORES QUE NINGUÉM. COMO OS
OUTROS HABITANTES DA CIDADE, SOMOS PESSOAS EM TRANSFORMAÇÃO, PARTE DE
UMA REDE QUE CONSTITUI A CIDADE. VIDA LONGA PARA OS "Direitos Urbanos".
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