BASTA DE VIOLÊNCIA E IMPUNIDADE
MANIFESTO
PELO FIM DA VIOLÊNCIA E DA IMPUNIDADE NO CAMPO
Irmã Dorothy Stang
“Infelizmente Dorothy é mais uma mártir...”
SÍMBOLO DE LUTA E COMPROMISSO: Irmã Dorothy, de nacionalidade norte-americana, naturalizada brasileira, religiosa da Congregação de Notre Dame, participou da CPT desde a época da sua fundação e acompanhou, com firmeza e paixão, a vida e a luta dos trabalhadores do campo, sobretudo na região da Transamazônica, no Pará.
ASSASSINATO/DENÚNCIA: Brutalmente assassinada em 12 de fevereiro de 2005. O assassinato de Irmã Dorothy denuncia a absurda estrutura fundiária de concentração da terra; o consórcio dos fazendeiros, madeireiros e políticos que avançam sobre as terras públicas, sobre territórios ocupados pelas populações tradicionais, indígenas, ribeirinhos e posseiros; denuncia a intimidação e os assassinatos sem piedade dos trabalhadores rurais e de defensores dos direitos humanos; ecoa o trabalho escravo e degradante; e exige justiça para os milhões de trabalhadores e trabalhadoras anônimos que foram mortos e seus mandantes nem se quer foram a julgamento.
PELO FIM DA IMPUNIDADE: Hoje, 14 de maio de 2007, acontece o julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, um dos mandantes do assassinato de Irmã Dorothy. Este fato interpela os movimentos sociais a aprofundarem suas lutas, exigirem o cumprimento das promessas feitas pelo Governo Federal em relação a uma ampla Reforma Agrária e a pressionar o Judiciário para fazer no mínimo justiça.
Em Anapu, região onde irmã Dorothy foi assassinada, bem como em toda a Amazônia, a situação de conflito permanece inalterada. A derrubada ilegal da floresta nas áreas dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) continua, assim como, as ameaças feitas por fazendeiros e madeireiros às lideranças locais e às famílias que moram na área. A destruição da floresta está cada vez mais acelerada apesar das constantes denúncias feitas e trabalhadores em toda Amazônia continuam sendo assassinados friamente. De acordo com os registros CPT lançados em 2007, foram assassinados trabalhadores em Mato Grosso, no Maranhão, Rondônia, no Sul do Amazonas; no Pará os dados são alarmantes.
NO ESTADO DO AMAZONAS: É preciso denunciar a “face oculta da violência no Campo” em nosso Estado. São inúmeros os conflitos pela posse e segurança na terra. Trabalhadores e trabalhadoras do campo, bem como suas lideranças vivem constantemente ameaçados de morte sem que providências sejam tomadas pelas Instituições governamentais, judiciário; assim acontece em muitos de nossos municípios entre eles Itacoatiara, Iranduba, Autazes, Manaquiri, Manaus, sul de Lábrea, Canutama, Humaitá, Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, entre outros.
Que a morte de irmã Dorothy, como a de todos trabalhadores camponeses não fiquem impunes, pois a impunidade, neste caso, é a responsável por reafirmar os alicerces intocados da concentração da propriedade, a truculência dos assassinos, a injustiça social, principalmente no campo.
Precisamos NOS SOLIDARIZAR e GRITAR: BASTA DE VIOLÊNCIA e IMPUNIDADE no CAMPO. REFORMA AGRÁRIA, JÁ!
Entidades, Organismos, Pastorais, Movimentos Sociais e Populares que assinam este documento
Arquidiocese de Manaus, Cáritas Arquidiocesana, Pastorais Sociais, CPT, Movimento Fé Política, Pastoral Operária, Comitês Sociais para Superação da Miséria e da Fome, Área Missionária São Francisco, Área Missionária Santa Helena, MCVE, MOCOCI, ITEPS, Área Missionária Tancredo Neves, Fórum de Habitação Popular, Fórum de Políticas Públicas do Careiro da Várzea, COOASTEPS, Fórum de Orçamento Público, Controle Social da Zona Norte, Fórum Permanente de Mulheres de Manaus, FETAGRI, CDH – Centro de Direitos Humanos da Arquidiocese, Rede de Educação Cidadã – Talher Amazonas.
PELO FIM DA VIOLÊNCIA E DA IMPUNIDADE NO CAMPO
Irmã Dorothy Stang
“Infelizmente Dorothy é mais uma mártir...”
SÍMBOLO DE LUTA E COMPROMISSO: Irmã Dorothy, de nacionalidade norte-americana, naturalizada brasileira, religiosa da Congregação de Notre Dame, participou da CPT desde a época da sua fundação e acompanhou, com firmeza e paixão, a vida e a luta dos trabalhadores do campo, sobretudo na região da Transamazônica, no Pará.
ASSASSINATO/DENÚNCIA: Brutalmente assassinada em 12 de fevereiro de 2005. O assassinato de Irmã Dorothy denuncia a absurda estrutura fundiária de concentração da terra; o consórcio dos fazendeiros, madeireiros e políticos que avançam sobre as terras públicas, sobre territórios ocupados pelas populações tradicionais, indígenas, ribeirinhos e posseiros; denuncia a intimidação e os assassinatos sem piedade dos trabalhadores rurais e de defensores dos direitos humanos; ecoa o trabalho escravo e degradante; e exige justiça para os milhões de trabalhadores e trabalhadoras anônimos que foram mortos e seus mandantes nem se quer foram a julgamento.
PELO FIM DA IMPUNIDADE: Hoje, 14 de maio de 2007, acontece o julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, um dos mandantes do assassinato de Irmã Dorothy. Este fato interpela os movimentos sociais a aprofundarem suas lutas, exigirem o cumprimento das promessas feitas pelo Governo Federal em relação a uma ampla Reforma Agrária e a pressionar o Judiciário para fazer no mínimo justiça.
Em Anapu, região onde irmã Dorothy foi assassinada, bem como em toda a Amazônia, a situação de conflito permanece inalterada. A derrubada ilegal da floresta nas áreas dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) continua, assim como, as ameaças feitas por fazendeiros e madeireiros às lideranças locais e às famílias que moram na área. A destruição da floresta está cada vez mais acelerada apesar das constantes denúncias feitas e trabalhadores em toda Amazônia continuam sendo assassinados friamente. De acordo com os registros CPT lançados em 2007, foram assassinados trabalhadores em Mato Grosso, no Maranhão, Rondônia, no Sul do Amazonas; no Pará os dados são alarmantes.
NO ESTADO DO AMAZONAS: É preciso denunciar a “face oculta da violência no Campo” em nosso Estado. São inúmeros os conflitos pela posse e segurança na terra. Trabalhadores e trabalhadoras do campo, bem como suas lideranças vivem constantemente ameaçados de morte sem que providências sejam tomadas pelas Instituições governamentais, judiciário; assim acontece em muitos de nossos municípios entre eles Itacoatiara, Iranduba, Autazes, Manaquiri, Manaus, sul de Lábrea, Canutama, Humaitá, Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, entre outros.
Que a morte de irmã Dorothy, como a de todos trabalhadores camponeses não fiquem impunes, pois a impunidade, neste caso, é a responsável por reafirmar os alicerces intocados da concentração da propriedade, a truculência dos assassinos, a injustiça social, principalmente no campo.
Precisamos NOS SOLIDARIZAR e GRITAR: BASTA DE VIOLÊNCIA e IMPUNIDADE no CAMPO. REFORMA AGRÁRIA, JÁ!
Entidades, Organismos, Pastorais, Movimentos Sociais e Populares que assinam este documento
Arquidiocese de Manaus, Cáritas Arquidiocesana, Pastorais Sociais, CPT, Movimento Fé Política, Pastoral Operária, Comitês Sociais para Superação da Miséria e da Fome, Área Missionária São Francisco, Área Missionária Santa Helena, MCVE, MOCOCI, ITEPS, Área Missionária Tancredo Neves, Fórum de Habitação Popular, Fórum de Políticas Públicas do Careiro da Várzea, COOASTEPS, Fórum de Orçamento Público, Controle Social da Zona Norte, Fórum Permanente de Mulheres de Manaus, FETAGRI, CDH – Centro de Direitos Humanos da Arquidiocese, Rede de Educação Cidadã – Talher Amazonas.
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