
A Associação Chico Inácio propôs durante o Abraço Simbólico ao Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro a instituição de parcerias entre o poder público e as organizações não governamentais. A proposta implica em riscos. Seu êxito dependerá do estabelecimento de regras bem definidas pelo poder público. Mais do que propostas de cunho eminentemente técnicas, é seu embasamento político-social que permitirá distinguir os ideais que movem seus propositores para o estabelecimento da reinscrição do sofrimento mental na vida política e social da cidade. A prática das organizações da sociedade civil deve ser exaustivamente analisada. Não há o que temer; bata verificar a história de cada uma delas, sobretudo se trabalharam pela abertura de espaços para a subjetividade e a singularidade do “louco”, capaz de torná-los atores sociais na luta pela construção da sua cidadania.
A história do insucesso dos atores sociais envolvidos com o projeto de residências terapêuticas é emblemático. Pesa sobre tais atores o fato de que não pensam de forma sistêmica mas, sim, pontual. O resultado foi a caricatura de um projeto sem sustenção, nem no plano material nem no simbólico. Neste caso o poder público tem o dever de acionar suas prerrogativas como gestor para que não suceda da opinião pública tomar gato por lebre. O trabalho desenvolvido pela terapeuta ocupacional Márcia Maria Gomes de Souza e sua equipe, na atualidade, corrige o encaminhamento equivocado dos últimos tempos, que serviu tão somente como trampolim para o sensacionalismo recorrente de quem não está maduro para o formulação de propostas para o fortalecimento das políticas públicas de saúde mental do estado do Amazonas.
Sobre o trabalho de Márcia Maria Gomes e de sua equipe, aguarde novas postagens neste blog. A luta continua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário