junho 04, 2011

Festival de Leseira que assola o país ganha dois novos fatos: um político, outro literário

PICICA: Alegrai-vos, irmãos, a construção social da rebeldia ganhou dois fatos novos no cenário nacional. Merval Pereira, ao ser eleito para a Academia Brasileira de Letras, e Amazonino Mendes, ao ingressar no PDT do velho e bom Brizola, surpreendeu a todos que vivem a fazer predições sobre a cena política e literária dessa imensa província brasileira. Por essa, nem o grande Machado de Assis e o extraordinário Leonel Brizola esperavam. Tamanha discrepância está apoiada na resignação nacional de que tais fatos são inevitáveis no Brasil de hoje. Ora, ora! Nenhuma alienação social dura para sempre, meus caros. Não se altera impunemente os mapas cognitivos mais caros da nossa cultura política e literária. Convém não apostar demasiadamente na razão indolente. Um dia a casa cai, tantos são os sinais de ruptura que singram o novo mapa mundial. 

Como se pode ver, a cara de Machado de Assis, na estátua em frente à ABL, é de poucos amigos. Qualquer dia, ele descerá daí e pedirá uma reunião com Paulo Coelho, José Sarney e Merval Pereira. Exigirá que provem seus dotes literários. Eu não gostaria de estar por perto.

Fonte: Quem tem medo da democracia?

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