setembro 08, 2011

Pará: Xingu Vivo faz manifestação contra Belo Monte no desfile militar

PICICA: "Se Belo Monte passar, o resto passa com "borra". E as manifestações que são pequenas hoje, amanhã serão multidão". Esta é a profecia do sociólogo Zefofinho de Ogum, que há tempos não comparecia neste pedaço. Se vamos derrubar Belo Monte, ainda não sei. Este blog é que não derrubarão, mesmo que mais de quinhentos "seguidores" tenham abandonado a leitura do PICICA, desde que me rebelei contra o silêncio que impera na "torcida" do PT, partido que ajudei a fundar. Que os simpatizantes o façam, não surpreende. Mas, militante de carteirinha virar "torcida" e isolar o "adversário" por horror à crítica, é o fim da picada. Alguém já disse, que a militância virou torcida. Não é mentira, não! A propósito, não pertenço a nenhuma tendência política, não pretendo sair do PT, e insistirei até onde puder contra a onda "desenvolvimentista" de araque que tomou contra de milhares de companheiros. Abrir mão do  patrimônio cultural e analítico que construímos ao longo desses anos para aderir aos postulados de tudo aquilo que criticávamos... aqui, no PICICA, não tem vez. Só é que não ficaremos. Há sempre alguém que põe fé no PICICA, por amor à luta e à autonomia do pensar. O que posso garantir é o espaço para o debate democrático. Só lhes peço pra não faltar com a verdade, porque não cola a idéia de que estou a fazer o jogo da extrema-esquerda (PSTU e congêneres) ou das ongs estrangeiras (Greenpeace e assemelhados). Deixem esse papel para o PHA, que vem dando um vexame no campo da informação, tamanho é o medo de abrir a caixa preta da política energética brasileira. A luta continua!

          Enviado por em 07/09/2011
Enquanto mais de quatro mil homens das Forças Armadas e de órgãos de segurança do Estado do Pará desfilavam pelo dia 7 de setembro, data alusiva a "Independência do Brasil", manifestantes de vários movimentos sociais convocados pelo Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre protestavam nas ruas de Belém em defesa da Amazônia.

O ato teve início por volta das 9 da manhã, à beira do Rio Guamá, na escadinha da Estação das Docas e seguiu até a Av. Presidente Vargas onde encontraram barreiras formadas por militares da tropa de choque que impediam a passagem da manifestação.

Os manifestantes decidiram mudar o trajeto para terem acesso à área do desfile e caminharam de costas em protesto contra o discurso falacioso do governo federal que tenta vender a destruição dos rios e das florestas como se fosse progresso. Até o fim do ato foram acompanhados pelos militares do COE.


GRITO EM DEFESA DA AMAZÔNIA
O GRITO EM DEFESA DA AMAZÔNIA como foi intitulado a manifestação, teve por objetivo chamar a atenção para a importância da luta pela preservação dos recursos ambientais e denunciar todos os projetos que destroem a região, como o da Usina Hidrelétrica de Belo Monte que o governo pretende construir na região do Xingu para favorecer as grandes corporações econômicas.

O ato estendeu o apoio aos operários da construção civil, em greve desde o dia 5, também denunciou a criminalização dos movimentos sociais, os assassinatos de trabalhadores no campo, a corrupção que atinge várias esferas do executivo e do legislativo, o corte nos gastos com políticas públicas que resultam na precarização de serviços fundamentais às populações como educação e saúde, o aumento da violência na cidade e no campo.

Dia 10 -- Novo ato na XV Feira Pan-Amazônica do Livro
Os organizadores do ato estimaram a presença de quase mil manifestantes e já anunciaram uma nova manifestação a ser realizada no próximo dia 10 de setembro, na XV Feira Pan-Amazônica do Livro, Hangar, a partir das 18 horas. É o grito que não pára e que o governo vai ter que ouvir, mais cedo ou mais tarde.

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