PICICA: "No encontro vamos abordar essa questão que é de extrema urgência para toda a população do Rio de Janeiro. O recurso à criação de mapas e a proposta de realização de cartografias junto aos movimentos de moradia urbana e das favelas nos ajuda a melhor contextualizar esses conflitos territoriais e se soma às demais formas de resistência ao projeto dos megaeventos. A “cidade dos megaeventos” está sendo implementada sem nenhuma participação daqueles diretamente afetados pelas mudanças (sejam eles moradores das comunidades e bairros, produtores culturais e movimentos sociais)." Em tempo: Que curioso! Em Manaus, também. Maldita governança global!
No Laboratório de Cartografias Insurgentes militantes, pesquisadores, ativistas, comunicadores artistas e movimentos sociais se reunirão para imaginar e produzir mapas críticos e afetivos ligados às práticas produtivas e à ocupação do espaço metropolitano.
O ocultamento das ações violentas e autoritárias na construção dos megaeventos esportivos como Copa do Mundo e Olimpíadas deve ser trazido à tona. No encontro vamos abordar essa questão que é de extrema urgência para toda a população do Rio de Janeiro. O recurso à criação de mapas e a proposta de realização de cartografias junto aos movimentos de moradia urbana e das favelas nos ajuda a melhor contextualizar esses conflitos territoriais e se soma às demais formas de resistência ao projeto dos megaeventos. A “cidade dos megaeventos” está sendo implementada sem nenhuma participação daqueles diretamente afetados pelas mudanças (sejam eles moradores das comunidades e bairros, produtores culturais e movimentos sociais).
O encontro funciona como espaço de experimentações e debates que tratam das reconfigurações da cidade e das dinâmicas de resistência que lhe são correlatos, articulando-se como um laboratório em rede (Rio de Janeiro – Amazônia – América Latina) sobre política, estética e cultura.
Entendida como uma tática criativa de formações do desejo no campo social, a prática cartográfica nos remete a novos territórios, teorias e práticas. A potência do espetáculo atual que governa o mundo e os sonhos criados para escapar de seu reinado, pode ser anulado se usamos um método que consista em tomar as coisas dos inimigos para montar uma outra coisa, que ajude a combatê-lo. A organização de um novo significado que confira um sentido vivo a cada elemento faz parte da prática artística que ao utilizar diferentes mídias transforma o próprio desejo humano.
De 11 a 18 de setembro de 2011 estaremos reunidos na casa IP do morro da Conceição em duas etapas:
- De 11 a 16: Pré-lab: oficinas, passeios, eventos de cunho prático.
- Dias 17 e 18: Laboratório de cartografias insurgentes.
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Fonte: Cartografias Insurgentes
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