Neste domingo, dia 22 de dezembro, o mundo lembrou de um dos maiores revolucionários que a Amazônia e o Brasil já tiveram. Há exatos 25 anos, a casa de Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, era invadida pelo assassino que o vitimou com um tiro de escopeta no peito.
As ideias libertárias do grupo que, junto com Chico, articulou e fortaleceu os movimentos sociais na Amazônia em plena ditadura militar, incomodavam e muito os donos do poder, grandes latifundiários e a massa que chegava à região com promessa de terra barata e oportunidades abertas com o avanço das fronteiras e as 'novas frentes de desenvolvimento' insufladas pelo governo.
O estado do Acre, pela construção da BR 317, à época dos anos 70, foi muito afetado por este avanço. Mas na pequena Xapuri, cidade natal de Chico, havia uma resistência. Os seringais de lá já não eram como os tradicionais. Não havia a figura do patrão, do trabalhador eternamente endividado, que não reconhece a importância da floresta de pé.
Para amplificar a necessidade de educação e de libertação do trabalhador dos seringais em um cenário tão desfavorável, Chico e seus companheiros perceberam que era preciso mobilizar. E iniciaram uma grande articulação com outros povos e comunidades tradicionais da floresta. E foi este trabalho, longo e persistente que resultou na criação de reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável no modelo que existem hoje, por exemplo, dentre tantas outras conquistas que marcam seu legado.
Hoje, Chico nos inspira e nos faz lembrar que, sem união não há resistência. O projeto de lei de iniciativa popular Desmatamento Zero é uma forma de continuar essa luta. Assine a petição e faça parte desta mobilização pelas nossas florestas!
Abraços,
Danicley de Aguiar
Coordenador da campanha Amazônia
Greenpeace Brasil
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