PICICA: "O universo dos super-heróis faz parte da
realidade. Como qualquer dimensão da indústria cultural, gera
expectativas, reforça comportamentos, produz e reproduz a realidade,
reflete e intervém nela. Ele nos ajuda a entender muitas coisas, entre
elas a historicidade do que é o gênero e o quanto muda o tanto que
permanece com o tempo. É importante que ela seja um instrumento na
transformação a partir da representação, em direção a um mundo mais
igualitário e livre. Se os super-heróis não são mais coisa de criança, é
hora de assumir seus deveres com o mundo, pois eles mesmos nos
ensinaram que “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”."
Representações de gênero e sexualidade nos quadrinhos de super-heróis
As representações do Masculino
O mundo do quadrinhos dos super-heróis é
um universo de homens. Da chamada Era de Ouro (1938) até os dias atuais,
o protagonismo de personagens masculinos é gritante. Esta dominância do
masculino é numérica (mais personagens homens do que mulheres) e
qualitativa. Personagens não-masculinos geralmente são secundários e/ou
em geral muito pouco explorados e menos “tridimensionais”, menos
profundos que os masculinos.
Existem
determinadas características que são identificadas como “sendo de homem”
(masculinos) e “sendo de mulher” (femininos). Dos masculinos, os mais
óbvios nos quadrinhos de super-heróis são a força, o corpo e o vestir.
O primeiro super-herói (Super-Homem)
estabeleceu as características que iriam persistir (e mesmo ser
imitadas) na criação de outros supra-humanos. O que naturalmente se
destaca do personagem em seu princípio é sua força descomunal, um poder que fundamenta simultaneamente a parte de super e a de homem,
já que força física é um dos elementos que são associados à
masculinidade, ao “ser homem”. A necessidade de evidenciar este poder é
tamanha que a capa de sua primeira edição é justamente o próprio
levantando o carro sobre sua cabeça e quebrando-o contra uma rocha,
enquanto seus adversários (na edição, os sequestradores de Lois Lane)
saem apavorados.
A força sobrehumana é, portanto, também associada a dois elementos nesta primeira aparição: o subjugar de demais homens e também a proteção
a outros personagens, identificados como mais frágeis. Embora nesta
história específica o kryptoniano esteja protegendo uma mulher, não é
incomum que ele também defenda outros homens nestas primeiras edições
(de outros homens, contudo). Uma destas histórias inclui a intervenção
na relação entre mineradores e seu inescrupuloso e caricatural
empregador (Action Comics #3).
A proteção daqueles abaixo do
herói é um elemento persistente e essencial ao caráter do herói nos
quadrinhos. Já em sua primeira aparição, Jerry Siegel e Joe Shuster
apresentavam Super-Homem como “campeão dos oprimidos” e “a maravilha
[física] que jurou devotar sua existência a ajudar os necessitados!” Não
há proteção, contudo, que não derive de uma posição de superioridade, e
também as heroínas, ao protegerem, se tornam superiores.
Se a força é um elemento fundamental para a afimação da masculinidade do herói, a forma como concebemos a força e, principalmente, o corpo
necessário para despender tal força também é histórico e, por isso,
muda com o tempo. Os elementos que se mantém são os queixos quadrados e
largos, o corpo grande (ao ser comparado aos demais personagens) e os
músculos ressaltados. Porém, o que é ser grande e o que é ter os
músculos ressaltados mudou significativamente ao longo da história dos
quadrinhos.
O peitoral
largo e o corpo em forma foram dando espaço para músculos cada vez mais
definidos e maiores, principalmente a partir do impacto da injeção de
testosterona que os heróis de ação do cinema nos anos 80 teve. O período
em que os heróis foram claramente desenhados com corpos mais volumosos
foi certamente os anos 90, com nomes como Jim Lee e Rob Liefield, que
representavam os heróis como halterofilistas (no caso do primeiro) e
como monstros deproporcionais, no caso do segundo. O traço de Jim Lee
transformou até mesmo o comissário Gordon, um policial sexagenário, em
um homem em forma e com o corpo definido. A caricatura que são os
rabiscos de Rob Liefeld (não, aqueles não são desenhos) são muito
significativos no que diz respeito ao que deveria ser identificado como
um corpo com marcadores de masculinidade: braços cujo volume é maior que
a cabeça, e peitorais desproporcionais a ponto de gerar o famoso “Capeitão América”.
Outro critério fundamental na
masculinidade dos heróis é sua heterossexualidade. Este parece ser um
elemento tão fundamental que os heróis que tiveram esta características
questionadas (muito em função da falsa pesquisa presente em “A Sedução dos Inocentes”)
tiveram histórias não apenas de namoro e de envolvimento amoroso, mas
de relações sexuais semi-explícitas. O caso mais famoso é o de Batman
que, após a DC Comics resolver zerar suas revistas, logo na primeira
edição da revista da Mulher Gato, as imagens finas afirmam
explicitamente a heterosexualidade do herói.
A
heterossexualidade masculina também é manifesta na necessidade de um
interesse amoroso para os heróis, mesmo quando os mesmos passam por
experiências que seriam altamente traumáticas. O Lanterna Verde Kyle
Rayner, por exemplo, teve sua primeira namorada assassinada e
esquartejada pelo Major Força, e teve seus restos mortais depositados em
uma geladeira. Kyle não encontrou qualquer problema para se envolver
com Dana Troy e, posteriormente, com Jade.
O caso em que a perda talvez tenha sido
melhor explorada neste sentido é o de Ciclope, que desde a última morte
de Jean Grey (nos quadrinhos de super-herói morrer e ressuscitar é quase
tão simples e comum quanto fazer uma viagem) se envolveu com Emma
Frost, mas o rondar do fantasma do relacionamento anterior é uma
constante.
Os uniformes masculinos são de maneira
geral bem colados ao corpo e cobrem a maior parte dele. Quando não
cobrem tudo, costumam evidenciar os músculos saltados.
Ainda que não seja o assunto principal do texto, é sempre bom ressaltar que a maioria dos heróis além de homens cissexuais e héteros, são brancos. Os que tem origem pobre seguem em muitos casos uma narrativa de self made men,
de superação dos problemas econômicos de origem a partir de um esforço
individual, ainda que auxiliado por um mentor ou protetor, também quase
sempre masculino (ainda que seja espiritual, as entidades são quase
sempre masculinas).
Representação do Feminino
Se a força, o tipo de corpo e o uniforme
são o que definem o que é masculino, a sensibilidade, a exposição e
sexualização do corpo e uniformes sensuais são as marcas do que é aceito
como feminino no mundo dos super-heróis.
Boa parte das histórias da Era de Ouro
são explicitamente sobre mulheres na condição de “donzela em perigo”. A
mulher é representada como indefesa e necessita de um sujeito masculino
para resgatá-la de sua condição de perigo que, não raramente, é
apresentada pela história como fruto de negligência, ignorância,
imprudência ou imperícia da própria mulher. As primeiras aventuras do
Super-Homem incluíam salvar uma mulher que foi injustamente acusada e
julgada e que estava no corredor da morte; em outra estória ele evita um
caso de violência doméstica (marido batendo na esposa). Interessante
notar que para salvar a acusada do corredor da morte o herói não invade a
cadeia e a retira da prisão, mas confronta o juiz e o convence a
perdoá-la (Action Comics #1).
A despotencialização da figura feminina
não se limita, contudo, a esta primeira Era dos quadrinhos. O tema do
resgate do infortúnio prevalece, de maneira repetida e repetitiva. Mesmo
quando as personagens apresentadas têm poderes, é comum que as mesmas
necessitem da ajuda de um personagem masculino, ou que as mesmas cometam
algum erro a partir do qual a ajuda dos personagens masculinos se faça
necessário. Um exemplo recente é a Crise Final
da DC Comics, na qual a decisão da Mulher-Maravilha de matar Maxell
Lord é transmitida ao mundo inteiro, iniciando uma crise de confiança da
opinião pública sobre a Liga da Justiça.
O caso da Mulher Maravilha merece uma
observação mais detalhada. Seu criador (via de regra os autores de gibis
são homens) foi o psicólogo americano William Marston, inventor do
teste de pressão sanguínea sistólica, elemento fundamental no polígrafo
ou “detector de mentiras”. É comum falar que, por ser psicólogo, o autor
usou elementos de fetiche relativamente comuns para criar a personagem.
O “laço da verdade” seria portanto uma mistura da sua citada invenção
com o fetiche do bondage, e boa parte do sucesso da personagem estaria
atrelado a estes elementos silenciosos, que atrairiam público.
A história é mais complicada. Marston já
havia publicado um artigo no qual defendia o potencial educativo dos
quadrinhos, e decidiu criar um super-herói. Sua esposa Elizabeth teria
insistido para que fosse uma mulher. Ele ressaltou que não pretendia
criar mais um super-heróis que resolvesse seus problemas com os punhos,
mas com amor. Sua esposa teria dito que tudo bem, mas que o mais
importante era que fosse uma mulher. Para criar a personalidade da
heroína, o criador se baseou na personalidade de Elizabeth e na de Olive
Byrne (uma aluna sua), formando assim o que seria segundo ele uma
modelo de mulher moderna, poderosa e liberta. A heroína teve sua
aventura publicada em 1941 e em 1943 Marston escreveu que nem as garotas
queriam ser garotas uma vez que o arquétipo feminino é de ausência de
força e poder. As qualidades femininas seriam indesejadas pela ausência
de força; o autor decidiu portanto criar uma personagem feminina com
toda a força do super-homem, “mas com todo o atrativo de uma boa e bela mulher”.
A primeira super-heroína nasce a partir
de uma idéia do que as mulheres devem ser. Muito embora seu criador
estivesse empoderando a personagem, é fundamental para ele que ela não
deixasse de ser carinhosa, submissa e amante da paz.
Estas características são bem comuns aos
personagens femininos. O amor é considerado uma característica sobretudo
feminina, praticamente um dever. Esta função não se limita a servir de
interesse amoroso aos protagonistas. O exemplo mais claro disto é a
tropa das Safiras Estrelas. Quando o universo do Lanterna Verde se
expandiu, foi revelado que a energia verde que os Lanternas Verdes
manipulam não é a única do universo. Há na verdade um espectro de cores,
cada uma correspondendo a uma emoção dos seres sentientes (não apenas
humanos). O Verde, por exemplo, é a Força de Vontade, e por ficar no
meio do espectro, o usuário do anel consegue controlar esta energia de
forma melhor. Quanto mais para as pontas do espectro de luz, menos
controle o usuário do anel possui. Os que carregam anéis das cores
extremas são mais hospedeiros do anel do que propriamente usuários
deles. Em uma ponta está a cor vermelha, que representa a ira. Na outra
ponta está o violeta, o amor, e as portadoras do anel são chamadas de
Safiras Estrelas. Portadoras – não há membros masculinos neste
grupo. Segundo a DC, em todo o universo, há apenas criaturas femininas
que portam o anel cujo poder é baseado no amor.
Os corpos
femininos também passaram gradativamente pelo processo de aumento de
tamanho. Além disso, as poses nas quais as mulheres são retratadas são
claramente sexualizadas. Mais uma vez, o momento em que isso foi mais
evidente foram os anos 90, em que era comum encontrar personagens
femininas dando voadoras cujo enquadramento não poderia ter objetivo
outro que deixar as personagens erotizadas e sexualizadas. Não é incomum
inclusive encontrar gritantes erros de anatomia nos desenhos provocados
por esta necessidade de sexualização.
As formas e os enquadramentos absurdos
nos quais as personagens femininas são apresentadas nos gibis geraram
iniciativas interessantes de contestação, na qual destaco a “Hawkeye Initiative” ou
“Iniciativa Gavião Arqueiro”, na qual artistas desenham o Gavião
Arqueiro reproduzindo as poses das personagens femininas (que muitas
vezes parecem não ter coluna). A Iniciativa tem, entre outros, os
méritos de deixar claro a desigualdade na representação de gênero e a
exploração comercial da sexualidade feminina.
Os uniformes também foram sendo reduzidos
de forma a acompanhar esta crescente sexualização. Muitos deles não têm
qualquer sentido prático – lutar de salto alto é comum nos quadrinhos
de super-heróis.
Um dos motivos para a caracterização mais
aprofundada das personagens femininas é o fato da maioria dos
trabalhadores dos quadrinhos serem homens, assim como os leitores. Se o
machismo é reproduzido acriticamente de um lado, é consumido pela outra
ponta com pouca contestação pela posição de privilégio que ocupam nas
relações de gênero. O emprego de roteristas femininas, contudo, não
garante que o ciclo seja quebrado. Os roteiros de Duane Swierczynski e
de Gail Simone para Birds of Prey (por exemplo) reproduzem estereótipos e
as mesmas marcações de gênero.
A dificuldade é tamanha que um trabalho
que consiga desenvolver bem esta dimensão normalmente é tipo como
modelar e exemplar – como é o caso de Joss Whedon em “Os Supreendentes
X-man”, no qual um dos personagens principais é Kitty Pride, a Lince
Negra. Anteriormente uma protegida de Wolverine, a Lince é agora uma das
protagonistas da história, e explorada como poucas vezes.
Para além da heteronormatividade
Se a sexualidade é ausente ou mal
trabalhada no caso dos heterossexuais, para os personagens não héteros a
situação é muito mais complicada.
Personagens LGBT eram proibidos pelo selo de censura “Comics Code Authority”,
muito embora algumas editoras tentassem burlá-los ou, a partir de um
determinado momento (que varia de acordo com a editora) passaram a
ignorá-lo.
O caso de Estrela Polar
é o mais emblemático. A princípio ele era apenas um membro de um grupo
de super-heróis a serviço do governo canadense (A Tropa Alfa). Ao
desenvolver melhor o grupo e a personalidade de seus membros, John Byrne
queria assumir o personagem como gay. O editor da Marvel à época, Jim
Shooter era contra a inclusão de personagens homoafetivos (sob o
argumento do código de censura), e Byrne passou apenas a insinuar a
sexualidade de Estrela Polar. A falta de interesse por personagens
femininas e o comportamento “excêntrico” (fugindo do que é considerado
masculino) do personagem foram explicados de formas esdrúxulas, entre
elas a obsessão por ganhar um campeonato de esquí, ser um elfo (!),
entre outras coisas. O escritor Bill Mantlo chegou a tentar dizer que o
personagem era portador de AIDS – mas a tentativa não foi adiante.
Apenas em 1992 (Alpha Flight #106) que o personagem criado em 1979 pode
dizer explicitamente “Eu sou gay”. As histórias recentes do personagem
são elogiadas, e ele foi um dos envolvidos no primeiro casamento LGBT no
mundo dos super-heróis.
O exemplo positivo da DC é a Batwoman. O trabalho de JH Williams III (por vezes juntamente a Greg Rucka) já colecionou diversos prêmios pela
forma com a qual a dimensão da sexualidade da personagem é trabalhada.
Sempre é ressaltado como ela é explorada, mas não de forma gratuita, e
tampouco ignorada. A homoafetividade da personagem também não incorre em
associá-la a características tidas como tipicamente masculinas. Os
artistas envolvidos na revista decidiram recentemente que Batwoman
casaria, e a editora decidiu que isso não poderia acontecer, sob a
desculpa de que “heróis não devem ter vidas privadas felizes.”
A dupla que trabalhava na revistas
(Williams III e Haden Blackman) decidiram deixar a revista após o
incidente. A decisão da DC, contudo, foi no contrassenso comercial, uma
vez que a revista é uma das poucas que consegue manter solidamente sua
base de leitores.
A reação a personagens deste tipo ou que
fogem a padrões que seguiam anteriormente geralmente geram reações
acaloradas e homofóbicas, tanto no Brasil (a reação homofóbica brasileira foi notícia lá fora) quanto fora.
Mesmo que os personagens não sejam homoafetivos, por possuírem
características diferentes da norma que seguiam são hostilizados.
Escapando do Binarismo
Quase todos os transgêneros dos quadrinhos são vítimas de um “super-poder”: a invisibilidade. A transgeneridade
tem como um de seus arqui-inimigos o binarismo, que é pensar o gênero e
a sexualidade de forma dual, apenas no sentido homem-mulher.
Pouco ou quase nenhum espaço foi dado até
hoje a personagens transsexuais nos quadrinhos. Talvez justamente por
este motivo, os dois casos mais famosos são relativamente bem
trabalhados. O primeiro é o caso da Lord Fanny, da revista Os Invisíveis,
de Grant Morrison. Lord Fanny é um dos personagens mais poderosos do
grupo de magos e feiticeiros do qual faz parte, e sua sexualidade é
explorada sempre em conexão com o desenvolvimento do personagem e da sua
personalidade.
O segundo personagem, Alysia Yeoh, que
divide apartamento com a Batgirl (Barbara Gordon) revelou ser
transgênero e bissexual para a Batgirl (Batgril #1). Segundo Gail Simone
(a roteirista), ela teve a idéia na convenção WonderCon, ao conversar
com o escritor de Batwoman sobre ver dezenas re rostos na convenção e
muitos serem LGBT e não estarem representados nos gibis.
Ela ainda teria questionado o motivo desta grande ausência, e teria
mencionado que o problema de boa parte dos personagens foram criados há
mais de 50 anos atrás, e que os quadrinhos não podem ficar se baseando
nos conceitos (dominantes) daquela época.
É importante notar que a categoria dos
transgêneros é enorme e encobre muita diversidade dentro dela. Lord
Fanny é diferente de Alysia; a Batgirl só percebe que sua companheira de
morada é transgênero quando a mesma anuncia. Em outras palavras, ela
tem passabilidade: não é evidente que ela seja trans, o que o contrário de Lord Fanny.
Potencial Desperdiçado
Tanto a Marvel quanto a DC possuem uma
grande quantidade de personagens transmorfos, que podem alterar seus
corpos para assumirem a forma de outras pessoas e mesmo de animais.
Contudo, pouco ou nada foi pensado e explorado no sentido da densidade
que esta possibilidade representa no que diz respeito as identidades de
gênero e a vivência de sexualidade, à psicologia destes personagens.
John Byrne quando estava à frente dos X-Men queria fazer Mística (usando
seus poderes transmorfos) pai de noturno, e Sina, sua companheira, mãe
do mesmo. A editoria da Marvel barrou a ideia.
O universo dos super-heróis faz parte da
realidade. Como qualquer dimensão da indústria cultural, gera
expectativas, reforça comportamentos, produz e reproduz a realidade,
reflete e intervém nela. Ele nos ajuda a entender muitas coisas, entre
elas a historicidade do que é o gênero e o quanto muda o tanto que
permanece com o tempo. É importante que ela seja um instrumento na
transformação a partir da representação, em direção a um mundo mais
igualitário e livre. Se os super-heróis não são mais coisa de criança, é
hora de assumir seus deveres com o mundo, pois eles mesmos nos
ensinaram que “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”.
Fonte: Capitalismo em desencanto
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