PICICA: "O documentário é resultado de um esforço compartilhado de
pesquisadores para colocar em questão os nexos entre a cheia do rio
Madeira e os vazios relacionados à implementação e atividade das duas
usinas hidrelétricas instaladas no afluente mais caudaloso do rio
Amazonas. O ponto de partida do filme é a afirmação do diretor da UHE
Jirau de que “acreditar na relação entre a cheia e as usinas seria
crendice”.
O empenho das usinas em ocultar as causas coadjuvantes dessa
catástrofe expõe as populações que vivem no entorno dos megaprojetos
hidrelétricos em Rondônia, Beni e Pando (Bolívia) a novos e ampliados
danos sociais e ambientais, além de colocar em risco de isolamento a
população do Acre, que tem sua única via de acesso por terra afetada
pelo atual regime de operação dos reservatórios das usinas. O consenso
propalado pelos empreendedores das obras de que “a cheia foi natural” é
desvelado por pesquisadores independentes e comunidades ribeirinhas
afetadas."
Entre a cheia e o vazio |
Qui, 13 de Novembro de 2014 |
O documentário é resultado de um esforço compartilhado de pesquisadores para colocar em questão os nexos entre a cheia do rio Madeira e os vazios relacionados à implementação e atividade das duas usinas hidrelétricas instaladas no afluente mais caudaloso do rio Amazonas. O ponto de partida do filme é a afirmação do diretor da UHE Jirau de que “acreditar na relação entre a cheia e as usinas seria crendice”. O empenho das usinas em ocultar as causas coadjuvantes dessa catástrofe expõe as populações que vivem no entorno dos megaprojetos hidrelétricos em Rondônia, Beni e Pando (Bolívia) a novos e ampliados danos sociais e ambientais, além de colocar em risco de isolamento a população do Acre, que tem sua única via de acesso por terra afetada pelo atual regime de operação dos reservatórios das usinas. O consenso propalado pelos empreendedores das obras de que “a cheia foi natural” é desvelado por pesquisadores independentes e comunidades ribeirinhas afetadas. Philip Fearnside, Edna Castro, Célio Bermann e Jorge Molina, especialistas reconhecidos nacional e internacionalmente, deram significativa contribuição nesta reconstrução de sentidos. Grande parte das filmagens foi realizada no interior das usinas, ouvindo seus representantes e decodificando seus números e discursos. Estas informações são apresentadas ao público como uma espécie de plataforma audiovisual para que se investigue o que significam de fato hidrelétricas “a fio d`água” e fontes de “energia limpa”, quem se beneficia da energia gerada e por que novos estudos de impacto são necessários. Prêmio Lídio Sohn de Melhor Produção Rondoniense no FestCineAmazônia (2014) Realização: Mapeamento Social como Instrumento de Gestão Territorial contra o Desmatamento e a Devastação – Núcleo Rondônia e Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Apoio: Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia – UEA. Roteiro: Luis Fernando Novoa Garzon Direção: Lou-Ann Kleppa Fotografia: Carlos Fiengo, Rodrigo Rodriguez, João Marcos Dutra, Eliaquim da Cunha, Paula Stolerman, Daniela Moreira, Inaê Level, Lou-Ann Kleppa, Mario Venere, Altino Machado, funcionário da Transfish. Duração: 25’38’’ Ano: 2014 Fonte: Correio da Cidadania |
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