PICICA: "Escrita num momento diverso, porém igualmente perturbador, ao final
dos anos 1980, no início do processo de democratização do país, à época
da queda do muro de Berlim, Jacques e a Revolução, ou Como o Criado aprendeu as lições de Diderot,
de Ronaldo Lima Lins (Prêmio Maurício Távora – 1989 / Secretaria de
Cultura do Estado do Paraná), parece dialogar mais intensamente com os
tempos que correm, como se estivéssemos diante de uma espécie de
expressão premonitória das sucessivas crises hegemônicas e
representativas dos poderes."
No Rio, uma leitura dramatizada dialoga com o Brasil contemporâneo
“Jacques e a Revolução”, que será apresentada terça-feira (17/3), foi escrita em outro momento perturbador, mas parece expressão premonitória dos tempos atuais
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MAIS:
Data: 17/março · Horário: 19h. · Entrada Franca
Casa da Leitura – Rua Pereira da Silva, 86 – Laranjeiras, Rio – Fone: (21) 2557- 7437
No ầmbito do projeto Terças Culturais, da Fundação Biblioteca Nacional
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Escrita num momento diverso, porém igualmente perturbador, ao final dos anos 1980, no início do processo de democratização do país, à época da queda do muro de Berlim, Jacques e a Revolução, ou Como o Criado aprendeu as lições de Diderot, de Ronaldo Lima Lins (Prêmio Maurício Távora – 1989 / Secretaria de Cultura do Estado do Paraná), parece dialogar mais intensamente com os tempos que correm, como se estivéssemos diante de uma espécie de expressão premonitória das sucessivas crises hegemônicas e representativas dos poderes.
Para examinar um conjunto de ideias delineadas pelo iluminista francês, a peça reinaugura questões antigas na dinâmica dos últimos séculos de modernidade. Não há lugar geográfico específico. O mundo está em foco. Tudo se passa através do diálogo entre dois personagens, o patrão (um empresário) e seu empregado (Jacques).
A conversa – amigável e informal, que às vezes resvala para conflituosa – coloca-os em confrontos bem humorados que passam em revista as suas próprias histórias. No elenco, dirigido pelo dramaturgo Theotonio de Paiva, estão Abílio Ramos, João Pedro Fagerlande, Katia Iunes, Luiz Washington Freire e Juliana Caetano.
Ronaldo Lima Lins, o autor é escritor e ensaísta. Doutor pela Sorbonne, Universidade de Paris III, tem pós-doutorado na École de Hautes Études en Sciences Sociales e é Professor Emérito de Teoria da Literatura da Faculdade de Letras da UFRJ, instituição que dirigiu por duas vezes. Publicou as seguintes obras de ficção: Os grandes senhores; Material de aluvião, ambos em Portugal; A lâmina do espelho; As perguntas de Gauguin; Jardim Brasil: Conto e João, o microscópio e a vida selvagem, este lançado recentemente pela 7 Letras.
Fonte: Blog da Redação
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