No mes de aniversário do meu amigo João Bosco Chamma - que já passou dos cinqüentinha -, ofereço como prova da minha sincera amizade uma fotografia do álbum de minha família (era assim as dedicatórias dos anos 1960, quando já sabíamos escrever). Nela sua avó afaga Tia Pátria em sua banca de tacacá. Tia Pátria foi uma espécie de terapeuta popular que nasceu e viveu na Praça dos Remédios, em Manaus - reduto das famílias sírio-libanesas - onde todos nós nascemos. De bonezinho, aí estou eu, também, querido amigo.
Vivemos a infância entre a Praça dos Remédios e a Chapada Recreativa Clube, numa época em que a cidade terminava ali pelo Boulevard Amazonas e era cortada por uma rede de igarapés gelados, o que garantia aos manauaras uma extraordinária qualidade de vida.
Na adolescência divertíamo-nos, aos sábados, revezando-nos em minha bicicleta até o balneário da Chapada. Depois de encarar a João Coelho, o resto era fichinha.
João foi fazer arquitetura no Rio de Janeiro, onde viveu um bom tempo. Ao retornar, muitos anos depois, quando nos reencontramos, foi através dele que fui apresentado à obra do geógrafo Milton Santos. Por essa e por outras, João Bosco - o Bosquito - é um desses amigos inesquecíveis.
Infelizmente não pude ir à tua festa surpresa. Nivya e eu estamos sem babá, e Juan, o princípe da tribo dos sapequinhas, não podia ficar só. De coração, meus parabéns. É um privilégio fazer parte do teu circuito de amizades. Vida longa!
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