maio 28, 2008

Começa a mobilização para a 61ª Reunião Anual da SBPC, em 2009, na capital do Amazonas

Manaus - Amazonas - Amazônia - Brasil

Começa a mobilização para a 61ª Reunião Anual da SBPC, em 2009, na capital do Amazonas

A preocupação com o que deve ser feito e como deve ser feito para mobilizar a comunidade acadêmica e científica durante a 61ª Reunião Anual da SBPC, que será sediada em Manaus, em julho de 2009, foi a pauta da reunião técnica realizada na manhã desta segunda, dia 26, na Sala dos Conselhos da UEA, com secretários de Estado, representantes de instituições de ensino e pesquisa e o presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp.

Segundo a reitora da UEA, Marilene Corrêa, a reunião da SBPC, sediada em Manaus, tem um caráter mobilizador enorme. Ela garantiu que a Universidade terá uma participação maciça no evento. “As pró-reitorias irão orientar os alunos e professores, principalmente no interior do Estado”, uma vez que a UEA faz-se presente nos 62 municípios do interior.

Para ela, a interiorização da América Latina é um motivo oportuno. “A Venezuela é um dos países que já manifestou interesse”, acrescentou, enfatizando que reuniões anteriores já focaram exaustivamente questões referentes à Amazônia, como a problemática indígena, a interiorização do capitalismo e a sociodiversidade. “Como nesta reunião a Amazônia é a própria agenda, poderíamos explorar mais a presença da região panamericana”.

Durante a reunião, foram definidas, ainda, as instituições que irão participar da 60ª Reunião da SBPC, em Campinas (SP): Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc), Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

(Assessoria de Comunicação da UEA)

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SBPC põe a Amazônia na pauta nacional

A Amazônia ora faz parte da agenda nacional ora é a própria agenda. É o que sugere o diretor da SBPC, José Raimundo Coelho. Fala-se e discute-se muito, referem-se à região como uma questão de soberania nacional. Ouvem-se notícias sobre desmatamento, queimadas, seqüestro de carbono, mortes de indígenas ou de ambientalistas. Mas a realidade é que a região morre a cada dia quando o País não reconhece sua importância por meio de políticas públicas.

E, para o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Odenildo Teixeira Sena, políticas públicas se refletem em investimentos no fortalecimento dos cursos de pós-graduação, na formação de pesquisadores. Segundo ele, é preciso formar cientistas para produzir conhecimento sobre a região.

“Fala-se muito em Amazônia como estratégica, prioridade, mas isso não é traduzido em ação efetiva. A 61ª Reunião Anual da SBPC, que será realizada no Amazonas, em 2009, é a oportunidade para ratificarmos essa importância”, acredita Sena.

Sena disse que a SBPC é uma das maiores vitrines da ciência brasileira, onde a ciência acontece e os olhos do País se voltam para a região Norte. Embora, segundo a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Vera Val, a imagem projetada ainda não seja fiel à realidade.

Para ela, o Sul e o Sudeste do País não podem pensar a região como algo distante ou apenas como uma questão de divisa, poder ou soberania. Deve-se refletir sobre a Amazônia, e a SBPC já vem fazendo isso desde 1985. “A realização pela primeira vez de uma reunião nacional da SBPC no Amazonas mostra que há uma quebra de paradigmas. O Brasil começa a enxergar o País como um todo”, ressaltou.

O processo de difusão do conhecimento em nível nacional, segundo o Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, José Aldemir de Oliveira, começa, primeiramente, dentro do próprio Amazonas, por meio da articulação das Instituições, por exemplo, a Universidade do Estado do Amazonas – UEA, e Universidade Federal do Amazonas – Ufam.

Ou seja, é preciso mobilizar as prefeituras dos 62 municípios para que os estudantes e professores participem da reunião anual. “A Ufam e a UEA são as instituições responsáveis por esse processo de mobilização e execução do conhecimento científico no interior do estado”, afirmou.

Pólo de produção de conhecimento

A mobilização dos grupos de pesquisas, cientistas e especialistas para o fortalecimento da Amazônia como um pólo produtor de conhecimento acontece nacionalmente. É o que garante o presidente da SBPC, Raupp. Ele disse que a organização, em parceria com a Academia Brasileira de Ciência (ABC), tem apresentado propostas ao Ministério da C&T, a fim de criar novas instituições de ensino e pesquisa na região, além de aumentar os recursos financeiros destinados aos Institutos locais.

Segundo ele, a conservação da biodiversidade passa pelo investimento em conhecimento, de tal forma que a Amazônia possa ser economicamente viável.

Isso significa que a floresta em pé tem mais valor do que derrubada. Ele garante que, apesar das dificuldades logísticas, a 61ª reunião da SBPC será um sucesso, pois as questões amazônicas são muito importantes.(

Agência Fapeam)

27/05/2008

Fonte: SBPC

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