Foto: Rogelio Casado - SOS Encontro das Águas - Manaus-Am, 22.03.2009
Bem defronte do Encontro das Águas, onde nasce o rio Amazonas no território brasileiro, será construída a nova captação de água da cidade de Manaus (onde era a Alumazon - foto -, um empreendimento desastrado construído com dinheiro do governo federal, que não serviu para coisa alguma); ao lado, a jusante pretende-se construir o Porto das Lajes, que por sua vez ficará a montante da boca do lago do Aleixo. Durma-se com uma encrenca dessas!
EUA bloqueiam declaração da água como direito humanoBem defronte do Encontro das Águas, onde nasce o rio Amazonas no território brasileiro, será construída a nova captação de água da cidade de Manaus (onde era a Alumazon - foto -, um empreendimento desastrado construído com dinheiro do governo federal, que não serviu para coisa alguma); ao lado, a jusante pretende-se construir o Porto das Lajes, que por sua vez ficará a montante da boca do lago do Aleixo. Durma-se com uma encrenca dessas!
23-Mar-2009
O Fórum Mundial da Água não reconheceu o direito à água e o acesso ao saneamento como direitos humanos. Essa proposta era defendida por países da América Latina, da Europa e pela África do Sul, mas os Estados Unidos da América opuseram-se. 19 países assinaram uma declaração onde se comprometem a levar a cabo as acções necessárias para que a água seja reconhecida como direito humano.
O Fórum Mundial da Água, que se realizou em Istambul durante a semana passada, terminou no Domingo e não aprovou a proposta de considerar o direito à água como um direito humano, limitando-se a considerar a água uma "necessidade básica". A proposta foi feita por países da América Latina, mas os Estados Unidos boicotaram-na, assim como o Brasil, o Egipto e a Turquia, o país anfitrião.
Óscar Olivera, porta-voz da Coordinadora de Agua de Cochabamba (Bolívia) declarou: "O que vemos com preocupação no sul é que os governos progressistas, apesar do seu discurso a favor da água como direito humano, não tenham podido sair das estruturas herdadas de anteriores governos neoliberais".
Representantes de organizações não governamentais e parlamentares de cerca de 70 países, principalmente da América Latina e da África, pediram entretanto o fim do Fórum Mundial da Água, tal como existe, considerando que lhe falta democracia e transparência e propõem que o próximo Fórum seja organizado pelas Nações Unidas e não pelo Conselho Mundial da Água, que é uma instituição privada.
O nicaraguense Miguel d'Escoto, actual presidente da Assembleia-geral das Nações Unidas, considerou que "a orientação do fórum está profundamente influenciada pelas companhias privadas da água".
A lógica comercial do fórum, também foi criticada pelo Fórum Alternativo, que se realizou igualmente em Istambul.
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