Enquanto o blog do Greenpeace advertia sobre a importância do encontro de Lula com Obama neste final de semana, apelando para que os dois presidentes discutissem o que seus governos podem fazer para “levar o mundo para uma economia verde, com baixas emissões de CO2, e assim enfrentar o maior desafio da atualidade: as mudanças climáticas”, em Manaus a representação desse importante símbolo da luta ambiental em todo o planeta, até o presente momento, silencia sobre o desaparecimento da vida aquática do lago do Aleixo, caso seja construído o porto das Lajes, justamente ali aonde nasce o rio Amazonas.
Ao que parece o Greenpeace local luta contra um falso dilema: apoiar a política ambiental do governo do estado do Amazonas, que dia a dia ganha notoriedade internacional – tanto que é bem provável que Manaus seja uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, num justo reconhecimento do empenho do governador Eduardo Braga por uma política de redução de emissão de CO2, o que até agora nenhum governo ousara – e a mais legítima defesa de um patrimônio da humanidade: o nascimento simbólico do rio Amazonas, para além de suas origens andinas.
Que é isso companheiros! Uma coisa não inviabiliza outra. Porque ambas são faces de uma mesma moeda: o meio ambiente. Aderir à proposta de governo é tão coerente quanto aderir aos clamores da comunidade do lago do Aleixo e da sociedade civil amazonense, em suas legítimas reivindicações: tombamento da região onde nasce o rio Amazonas no território brasileiro.
Movido pelo espírito da conciliação, quero dar uma demonstração da coerência entre prática e discurso. Aqui neste blog ofereço espaço para manifestação dos leitores:
Primeiro, pelo apoio à luta do Greenpeace pela redução de emissões.
Assine a nossa petição e ajude a cobrar do Lula um compromisso real de redução de emissões!
Segundo, pelo apoio à luta da sociedade civil organizada do estado do Amazonas em defesa de um patrimônio da humanidade.
Assine a petição que cobra do poder público o tombamento do Encontro das Águas, onde nasce o rio Amazonas no território brasileiro.
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