Pelo twitter - A jornalista Elaize Farias, comunica aos tuiteiros uma informação intrigante sobre a audiência pública de hoje para discutir a questão, que me fez perguntar: "a ditadura acabou, ou não?"
Resquícios de outros tempos. Exército proibiu a presença da imprensa na reunião com os comunitários do Puraquequara.Tão brincando com a paciência popular. Zefofinho de Ogum, consultor deste PICICA, foi peremptório: "Ninguém merece essa escrotidão. Chamem o Lula!".
Apenas órgãos oficiais da área fundiária e ambiental puderam participar. Uma parlamentar disse que o clima "tava pesado".
SOS Encontro das Águas - A propósito desse equívoco, observe a fotografia acima. Estamos no extenso tapete de pedras da região das Lajes, em frente do Encontro das Águas, que surge em toda a sua exuberância durante a seca dos rios Negro, Solimões e Amazonas. É aí que desovam a imensa população de jaraquis que alimenta os manauaras. No fundo pode-se ver a construção da adutora de captação de água para a região leste de Manaus. Ao seu lado, a montante, fica uma empresa nipo-brasileira que fez um belo trabalho de restauração da mata local. Mas é a jusante que mora a preocupação do movimento SOS Encontro das Águas. É na ponta de mata que vira igapó durante a cheia - onde desovam várias espécies da fauna ictiológica, num área de mais de 200 metros -, que se pretende construir um terminal portuário para armazenagem de conteineres do Polo Industrial.
Sob o silêncio dos povos indígenas que moram em Manaus, e que perderam a dimensão do sagrado; da indiferença das classes médias incultas, voltadas para seus umbigos; que comunitários, jornalistas, professores, intelectuais orgânicos e parte da sociedade civil organizada resistem na luta contra o racismo ambiental e pelo respeito aos direitos humanos das populações tradicionais que moram no beiradão de Manaus.
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