Pelo tombamento do Encontro das Águas

SOS Encontro das Águas

Foto: Rogelio Casado - Manaus-AM, 2009

Nota do blog: Hoje pela manhã, o meu caro Marcos Santos, jornalista e radialista, ao comentar na CBN o que o radialista Ronaldo Tiradentes chamou de "manobra do MPF para inviabilizar o terminal portuário das Lajes", afirmou ter consultado "especialistas" que garantem que a obra do porto não é incompatível com o tombamento do Encontro das Águas. Opa! Devagar com o andor que o santo é de barro! Como o nome dos consultados foram omitidos, a informação perdeu em qualificação. Mal serve como reconhecimento de prestígio junto às fontes. A omissão compromete o estabelecimento da verdade e torna suspeito o objetivo da informação. Em seguida, a veemente defesa da obra deixou o ouvinte atento certo de que há mais coisas entre o céu e a terra do que as artimanhas do discurso. Que o digam os jornalistas privados de aprofundar o assunto, face aos interesses comerciais em jogo. Nunca se pagou tão caro por espaços publicitários em defesa de uma obra. Que a cidade precisa de um porto para desafogar o atual circuito de transporte de cargas do parque industrial é sabido. O que vem sendo omitido sistematicamente são as questões não respondidas ao IPAAM. São mais de sessenta. Até leigos no assunto percebem a gravidade do impacto socioambiental que a obra trará. A contestação da construção da obra de captação de águas da zona leste de Manuaus no Encontro das Águas não pode servir para justificar a construção do terminal portuário ao seu lado, pois enquanto uma não tem potencial poluidor, a outra é poluidora por excelência. E justamente no lugar onde desovam os jaraquis que alimentam os manauaras. Jaraquis que certamente é um prato apreciado pelos bons jornalistas da terra de Ajuricaba. O movimento SOS Encontro das Águas sente-se discriminado por não ter o mesmo espaço de divulgação de seus argumentos e provas de que a conservação do que a natureza nos deu de graça, e que não pode ser vendido ao capital predatório, é a melhor opção para o povo amazonense. Que o porto seja construído em outra área. Nada contra. Sugiro a leitura do texto enviado pelo movimento SOS Encontro das Águas e o texto do Ministério Público Federal que circunstancia as razões que o levaram a defender o tombamento do Encontro das Águas (acessível neste blog).

Informe urgente do SOS Encontro das Águas

Prezados amantes do Encontro das Águas

O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-PRAM) pede a Justiça Federal o tombamento provisório do Encontro das Águas e a suspensão do licenciamento do Porto das Lajes, enquanto os jornais locais publicam matéria tendenciosa com fotos mostrando incautos moradores carentes vestindo camisetas dos empresários do Porto das Lajes.

Os "30 comunitários" utilizados pela Lages Logística com a enganosa conversa de que vão ser empregados pelo Porto das Lajes, não representam o anseio da comunidade altiva da Colônia Antônio Aleixo e por cidadãos do mundo que querem preservar este patrimônio da humanidade. O que gerará emprego e qualidade de vida aos comunitários do Encontro das Águas é não permitir que as águas sejam poluídas e as florestas sejam desmatadas para possibilitar a pesca, o turismo ecológico comunitário e a implantação de projetos sustentáveis geradores de renda.

Que o Terminal Portuário seja construído em um local já desmatado e longe do canal de entrada do Lago do Aleixo e do ultimo igapó preservado da margem esquerda do Encontro das Águas!

Detalhes atualizados sobre a Ação do MPF, o processo de tombamento, e as mobilizações do “SOS Encontro das Águas” podem ser lidos no:

http://rogeliocasado.blogspot.com e http://www.ncpam.com/

Participe da luta pela conservação e recuperação da região do Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, formadores do rio Amazonas.

Movimento SOS Encontro das Águas