PICICA: "Quando o debate sobre a inserção do Fora do Eixo nos movimentos sociais em São Paulo veio à tona, em junho de 2011 (ver aqui),
um dos problemas que se colocou foi o de definir com precisão o seu
caráter institucional. É preciso esclarecer: apesar de todo o seu ar
descolado e alternativo, o Fora do Eixo funciona com todos os preceitos
de uma empresa capitalista, tendo por finalidade a obtenção de
rendimentos, através da exploração de um esforço braçal e criativo dos
diversos agentes culturais dispersos pela cidade e pelas redes digitais.
Para o assunto que nos interessa, pouco importa saber se eles passeiam
de iate ou preferem morar na mesma casa, dormirem em beliches e
dividirem calçados."
Existe consenso em SP? Reflexões sobre a questão da cultura (1ª parte)
18 de fevereiro de 2013
São Paulo: Diferentemente da
antiga indústria cultural, ao vincular a sua imagem a elementos
simbólicos produzidos colaborativamente, o novo empresariado da cultura
aproveita-se dessa riqueza enquanto capital simbólico coletivo, que ao
final do processo haverá de ser revertido em dinheiro. Por Passa Palavra
A cultura no centro da luta de classes em São Paulo
Um olhar panorâmico sobre o atual
cenário da cidade de São Paulo, e talvez do Brasil, indica-nos que cada
vez o tema da cultura ganha espaço e importância nas dinâmicas dos
movimentos sociais. Muito do que hoje faz parte do campo político,
digamos, progressista da cidade é constituído por grupos, coletivos e
outras iniciativas que, de alguma maneira, privilegiam a matéria
arte-cultura. Sem dúvida, esta impressão geral se deve, em grande
medida, ao florescimento de um sem-número de saraus em diversas
periferias da cidade, dando origem ao que se consagrou chamar cultura
periférica. Mas é também resultado de uma longa jornada encampada por
fazedores de hip-hop, samba, teatro, produtores e distribuidores de
vídeo, música, comunicadores e mantenedores de espaços alternativos, que
animam uma cena bastante diversa e mais ou menos ligada aos interesses
populares.
Igualmente, mesmo os movimentos sociais,
pequenos ou grandes, originalmente surgidos para atuarem com temas e
necessidades mais tradicionais, como habitação, saúde, transporte ou
violência urbana, têm dispensado alguma atenção ao tema. Talvez isso não
ocorra tanto porque tenham todos eles chegado à conclusão de que essa
dimensão, simbólica, da luta social seja de fato tão importante quanto a
luta pela melhoria das condições básicas de sobrevivência;
infelizmente, no interior da esquerda há ainda quem pense arte e cultura
como mero reflexo das condições materiais e, portanto, item secundário a
ser trabalhado e desenvolvido. Mas é que, na falta de processos de luta
mais avançados e efetivos, a cultura apareceria como boa opção de
refúgio, um lugar para se manter unido até que a conjuntura passe, ou
então como instrumento de abordagem, uma isca através da qual se
procuraria seduzir o público-alvo e então despertá-lo para os assuntos,
estes sim, realmente importantes.
De todo modo, seja por reconhecimento da
urgência destas demandas reprimidas ou por mera imposição da conjuntura
ou pela mistura das duas coisas, o fato é que a pauta da cultura tem se
colocado na ordem do dia dos diversos segmentos de esquerda.
Por outro lado, é preciso dizer que este
movimento para a cultura também acontece por exigência das recentes
transformações do capitalismo. A etapa atingida pelo atual sistema
produtivo, sem eliminar as antigas formas de exploração, tem requerido,
cada vez mais, pessoas habilitadas para trabalharem com signos,
linguagens, informação, processos criativos. Não é raro, por exemplo,
que os departamentos de recursos humanos das empresas prefiram
candidatos que tenham tido experiência com teatro e bandas de rock aos
que apresentam currículos quadrados e pragmáticos. Daí que, junto a
outras conveniências, tenham se expandido pela cidade espaços, núcleos,
fundações, ONGs e políticas públicas especializadas em atividades com
arte e cultura direcionadas principalmente para os jovens.
Outra
dimensão deste processo ainda pode ser verificada pelas formas de que o
capital se utiliza para ir fincando suas bandeiras na medida em que
avança sobre o espaço urbano. Hoje, na cidade de São Paulo, talvez o
caso mais emblemático disso seja o projeto Nova Luz, que se apresenta
como uma possibilidade de consolidar na região uma grande área voltada
para a “atividade cultural e entretenimento”, através da Escola de
Música Tom Jobim, da Sala São Paulo, da instalação do Teatro da Dança e
de outros complexos culturais. Revelador é saber que o grande
articulador político deste projeto, Andrea Matarazzo, será sempre
lembrado por ter investido, quando subprefeito, em medidas como a
interrupção de programas de habitação popular no centro, paralisação de
mutirões autogestionados, descentralização de albergues, construção de
arranjos urbanísticos “antimendigos” e outras ações de agrado ao capital
imobiliário.
Portanto, também pelo lado das classes
dominantes, a cultura tem se apresentado como item indispensável de suas
estratégias políticas e econômicas. Tudo isso permite o surgimento de
noções vagas – como as de que “tudo é cultura”, culturalismo versus
economicismo, ou de que a cultura em si carrega um valor positivo – que
se não forem analisadas criticamente acabam mascarando projetos
políticos inconciliáveis que se escondem por trás das várias
iniciativas. E é aqui, no quadro desta onda culturalista que contamina a
cidade de São Paulo hoje, que a questão do Fora do Eixo volta a ser
objeto de preocupação por parte de movimentos, coletivos e pessoas que
se põem ao lado das lutas sociais.
Quando o debate sobre a inserção do Fora do Eixo nos movimentos sociais em São Paulo veio à tona, em junho de 2011 (ver aqui),
um dos problemas que se colocou foi o de definir com precisão o seu
caráter institucional. É preciso esclarecer: apesar de todo o seu ar
descolado e alternativo, o Fora do Eixo funciona com todos os preceitos
de uma empresa capitalista, tendo por finalidade a obtenção de
rendimentos, através da exploração de um esforço braçal e criativo dos
diversos agentes culturais dispersos pela cidade e pelas redes digitais.
Para o assunto que nos interessa, pouco importa saber se eles passeiam
de iate ou preferem morar na mesma casa, dormirem em beliches e
dividirem calçados.
Muito
já foi dito sobre o processo pelo qual o capitalismo foi desenvolvendo
formas de explorar a produção simbólica e transformar a cultura em mais
um de seus ramos de negócio. Ao longo do século XX, não foram poucas as
experiências artístico-culturais que, mesmo tendo brotado como espaços
de resistência e negação das engrenagens políticas e econômicas,
acabaram sendo submetidas às regras destas engrenagens. Grande exemplo
disto foram os movimentos contraculturais nascidos nos EUA e na Europa
na década de 60 e que ganharam força também no Brasil durante os anos
70. Apesar de ser impulsionado por sentimentos de recusa e anseios de
transformação radical, mobilizando símbolos transgressores, o poder
efetivo de crítica desta cena foi sendo neutralizado na medida em que
era assimilado pelos princípios de funcionamento dos atravessadores da
Indústria Cultural, até que chegasse à condição de ser apenas mais um
produto, ainda que alternativo, do mercado de bens simbólicos.
Grosso modo, essa velha indústria
cultural com que estamos acostumados estrutura-se em torno da proteção
do direito autoral. Ou seja, a lucratividade dos agentes intermediários
deste negócio – os famosos atravessadores – é assegurada pela vantagem
exclusiva que as empresas do ramo (gravadoras, editoras, empresas
radiodifusoras e televisivas) detêm sobre os meios de produção e
exploração comercial de um dado produto artístico. Por isso, seus grupos
de pressão no plano jurídico-político se orientam pela defesa
intransigente das leis de proteção da propriedade intelectual, pela
proibição da livre cópia, da pirataria etc.
Acontece que o desenvolvimento das novas
tecnologias de informação e comunicação, em especial a internet,
caminha para tornar estes mecanismos de lucratividade ultrapassados.
Afinal, com a popularização deste novo aparato, o acesso aos meios de
produção artístico-culturais se ampliou significativamente, diminuindo a
dependência em que artistas e consumidores estavam relativamente aos
grandes grupos econômicos do setor. Isso, por um lado, vai corroendo a
base de existência desta velha indústria cultural, mas, por outro, dá
origem ao surgimento de um novo empresariado da cultura, que desenvolve
formas próprias de obter vantagens econômicas sobre a produção cultural
independente e colaborativa. O Fora do Eixo, portanto, insere-se neste
novo modelo.
O novo empresariado cultural é formado
por uma constelação de agentes ajustados às novas condições de nosso
tempo, empreendimentos que não precisam buscar sua fonte de lucro no
direito exclusivo que tenham sobre a venda de um CD, um livro ou uma boa
ideia qualquer. Neste novo modelo de indústria cultural, basta que as
empresas “colem” a sua imagem ao processo de criação de outros grupos,
coletivos, redes e pessoas; misturando, associando, embaralhando a sua
marca à riqueza de saberes e símbolos que são produzidos por outros.
Mas como é que eles conseguem tirar vantagem econômica disso?
Pablo
Capilé, o grande articulador do Circuito Fora do Eixo, gosta de dizer
que o que fazem se trata de uma “disputa narrativa”. De fato, o primeiro
passo consiste em convencer os parceiros e voluntários envolvidos de
que todos os esforços envidados no curso de um projeto não se
caracterizam como trabalho, mas sim ativismo, militância, manifestação
de desejos. O novo ativismo, para ele, deve trocar trabalho por vida.
Mas o próprio Capilé explica que esta mudança é, na verdade, uma
“ressignificação”.
Pois, se não fosse apenas uma
ressignificação, como explicar que “A cada 1 real captado, esse
movimento é capaz de transformar em 100” – como Capilé afirmou
recentemente? “Para fazer o Existe Amor em SP, o movimento gastou R$ 20 mil. Se cada um fosse fazer por fora, um evento como esse custaria R$ 500 mil.” (ver aqui) Estaríamos diante de um passe de mágica?
Ora, nada mais providencial para
demonstrar que a multiplicação dos pães neste caso só se torna possível
porque existe uma enorme quantidade de trabalho não-pago envolvida. O
que Capilé procura compensar elogiando o esforço da “militância”. Ao
converter seu trabalho em vida, um grande número de agentes produziu e
distribuiu flyers, divulgou na internet, carregou caixas e
ofereceu os seus serviços solidariamente, inclusive os grandes músicos
que abrilhantaram o espetáculo etc.
Uma objeção aqui poderia ser feita: “Ué,
mas não pode estar havendo aí exploração, uma vez que o resultado desta
soma de esforços não foi colocado à venda no mercado, de onde um ou
outro grupo pudesse tirar vantagem, ninguém pagou para consumir o
evento”. Pois é aqui que reside a novidade. Grupos como o Fora do Eixo
vão buscar suas principais fontes de renda a partir de outros meios;
elas não acontecem aí, no momento em que o público usufrui o dado
produto cultural, mas posteriormente.
Uma das vias principais é certamente a
dos editais. O Fora do Eixo é uma máquina de obtenção de editais,
públicos e privados. Para tanto, a produção coletiva de grandes eventos
ou as campanhas massivas pela internet, por qualquer tema que for,
desempenham aqui um papel especial: elas são demonstrações da capacidade
que o circuito tem de mobilizar, coordenar e direcionar esforços de
produção criativa, os quais, por sua vez, são capazes de atrair olhares e
novas plateias. O que o Fora do Eixo negocia e oferece a governos e
empresas com quem estabelece convênios e parceiras não é exatamente um
produto artístico, mas precisamente esta capacidade de articular e gerir
trabalho criativo e organizar plateias. Tanto maior será a sua vantagem
na obtenção de editais quanto maior for a demonstração de sua
capacidade mobilizadora.
É assim que os R$ 20 mil reais investidos antecipadamente no Existe Amor em SP,
ao entrar em contato com a varinha mágica do empenho quase gratuito de
dezenas ou centenas de mãos e cérebros, hão de se transformar em R$ 500
mil.
Não é com uma venda de ingressos para o
show na Praça Roosevelt, para ficarmos com esse exemplo, que o Fora do
Eixo consegue esse montante estimado; até porque se fosse vendido, tal
qual a lógica do mercado tradicional, o coletivo-empresa não alcançaria o
público que pretende e seria ainda contraditório com o discurso que
apresenta. Eles se utilizam de um trabalho não-pago de “ativistas”, que
trabalham nas propostas do circuito e vendem essa capacidade de
mobilização e articulação de grupos, redes e agentes culturais para os
editais de financiamento que mantêm o funcionamento e a ampliação da sua
estrutura.
Para se ter uma ideia, em 2012 o Fora do
Eixo divulga (até a data desta publicação) ter se inscrito em 122
projetos culturais, solicitando um total de R$ 25.278.930,96. (ver aqui) Procuramos obter informações mais detalhadas a respeito, mas a página do site do coletivo-empresa parece estar em manutenção.
Assim, diferentemente da antiga
indústria cultural, que dependia de contratos e termos jurídicos bem
ajustados, ao vincular a sua imagem, mesmo que informalmente, a
elementos simbólicos que são produzidos colaborativamente por agentes, a
princípio, independentes, o novo empresariado da cultura consegue
aproveitar-se dessa riqueza enquanto uma espécie de capital simbólico
coletivo, que ao final do processo haverá de ser revertido em ganhos em
espécie, ou seja, dinheiro. Mais vantajosa é a relação quando se
verifica que o agente intermediador, no caso o Fora do Eixo, pouco ou
quase nada precisa intervir no processo, visto que, em se tratando de
trabalho criativo, maior produtividade será obtida quanto maior for a
liberdade e a autonomia dos seus produtores.
Em resumo, o coletivo Fora do Eixo e
outros similares, enquanto representantes desse novo empresariado da
cultura, se apresentam como uma versão repaginada dos velhos
exploradores da produção simbólica coletiva.
Quem são alguns desses novos atravessadores da cultura em São Paulo?
Como já dissemos, o que o Fora do Eixo
faz é negociar com governos e empresas financiadoras a sua capacidade de
mapear, articular e gerenciar redes, grupos, coletivos e pessoas. Sendo
assim, seu poder de barganha tende a ser maior quanto maior for a
demonstração de sua força articuladora. Isso é feito trazendo grupos e
pessoas para dentro de suas estruturas, ou seja, colando a marca Fora do Eixo nas iniciativas — muitas vezes independentes — de seus chamados parceiros.
Uma vez que possui várias naturezas de
registros oficiais e não oficiais (como ONG, OSCIP, fundação, movimento
social, coletivo de cultura etc.), o Fora do Eixo goza de bastante
flexibilidade para abordar diversos setores da sociedade e do Estado —
sejam eles entidades mais capilarizadas, próximas a iniciativas de base,
ou órgãos governamentais, ligados a corporações capitalistas — para
aglutiná-los todos em seu guarda-chuva.
Como em grande parte das parcerias se
trata de relações informais, é difícil medir com exatidão o tamanho do
Circuito Fora do Eixo. Além disso, é preciso considerar que, para
melhor venderem o seu peixe, os membros do Fora do Eixo — como
bons manipuladores da linguagem publicitária — geralmente inflacionam as
suas realizações de forma a passar a impressão de que tudo o que eles
fazem está bombando o tempo todo. De todo modo, é possível
diferenciar dois níveis de “parcerias” estabelecidas pelos novos
expropriadores da cultura.
Por
um lado, são chamados de parceiros todas aqueles grupos, coletivos ou
pessoas que, direta ou indiretamente, contribuem para a estruturação e
consolidação da organização, ou seja, grupos e pessoas que realmente
produzem algum tipo de bem simbólico, cultural, artístico: músicos,
poetas, técnicos, designers, ou mesmo manifestações espontâneas das
redes sociais etc. O que pode acontecer de forma voluntária (gratuita)
ou remunerada através de moedas alternativas (semigratuita) a serem
utilizadas dentro do próprio circuito.
Há, por outro lado, a atuação conjunta
com outros tipos de parceiros, aos quais o Fora do Eixo se associa
conforme interesses específicos, e que normalmente são outras empresas
do ramo cultural. No caso da organização dos eventos
#AmorSIMRussomanoNÃO e #ExisteAmoremSP, à véspera das eleições
municipais, participaram pequenos, médios e grandes empreendimentos
voltados para o público de hábitos de consumo alternativos, como o Studio SP, a Festa Voodoohop, Festa do Santo Forte/Estúdio Emme, a Matilha Cultural, A Leda e a revista Trip.
Na declaração de um dos sócios da casa de shows Studio SP, Alê Youssef, feita à própria revista Trip após
o sucesso dos eventos, fica evidente a forma pela qual os processos
coletivos e espontâneos de criação simbólica, tornados possíveis pelas
parcerias com os de baixo, podem ser canalizados em benefício de uma
parte:
“Para tentar fazer algo a respeito, me reuni com os alguns amigos jornalistas com a turma ativista do Fora do Eixo. Fomos todos para a Praça Roosevelt, onde encontramos produtores, artistas e frequentadores da região. Em poucas horas de cervejas e confabulações, bolamos o slogan #AmorSIMRussomanoNÃO e pensamos na cor rosa como símbolo da alegria, diversidade e transgressão que tanto amamos em São Paulo e que não queríamos perder de jeito nenhum, como que sem esses elementos, ficasse insuportável de vez sobreviver ao cinza da nossa megalópole.”
Segundo a afirmação de Youssef, aquilo
que durante a organização era propagandeado como resultado de esforços
coletivos, comuns, aparece aqui como jogada de marketing concebida por
um reduzido grupo de privilegiados: empresas e agentes profissionais da
cultural alternativa.
Os interesses de classe ficam mais
claros ao sabermos que, logo após os eventos na Praça Rossevelt, Youssef
tenha mandado pintar a porta de sua casa noturna com a cor rosa, de
forma a atrair parte do público que se aglomerou na Praça, mas agora na
condição de meros consumidores de um ambiente cool que eles
mesmos ajudaram a conceber. Ou seja, o fruto de uma ação coletiva, ou
alheia, é apropriado privadamente por um pequeno núcleo de empresários
da cultura alternativa. Afinal, quem acompanha alguns movimentos sociais
em São Paulo, principalmente no que diz respeito à resistência às
formas de repressão estatal, sabe que a simbologia do rosa não foi
criada neste espaço.
Sob este aspecto, a “disputa narrativa”
defendida por Capilé se coloca, na verdade, como uma disputa por um
mercado particular, de olho nos temas em voga no largo campo da cultura
alternativa. Retórica multicuralista e modas estéticas avançadas são
articuladas com o objetivo de conquistar um mercado em expansão e mais
apoios financeiros a seus projetos, uma vez que, segundo o principal
articulador do Fora do Eixo, “o jovem brasileiro está tão animado que
está gastando o que não tem”. (assista aqui - [19'30'' a 20'20])
A 2ª parte deste artigo será publicada no domingo (24/02)
Fonte: Passa Palavra
Nenhum comentário:
Postar um comentário