Sobre a lixeira do HCTP

Foto: Rogelio Casado - HCTP, Manaus-AM, 1999

Dizem os inimigos e desafetos políticos, amealheados no serviço público de Manaus, que a lixeira construída em 1999 no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) teria sido minha "grande obra" à frente da direção daquele arremedo de hospital. Na minha infância, dizia-se que esse tipo de maledicência "era putaria da raça". Sorry, ladies! Onde já se viu? Não foi meu maior feito, mas dele tenho orgulho, sem sombra de dúvida. Com tanto lixo acumulado a céu aberto, onde proliferavam ratos, urubus, baratas, carapanãs (pernilongo) e outros bichos, livrar as comunidades carcerária e cirvunvizinhas da toda essa peçonha mereceria uma placa de bronze ou medalhinha do Sagrado Coração de Jesus. Tudo isso antes da onda de dengue que recaiu no país. Deixa estar! Me contento com o reconhecimento dos que comigo dividiram a responsabilidade de dirigir o HCTP pelo relevante serviço prestado à saúde pública da minha cidade. Além disso, não fiz mais que minha obrigação como agente de saúde.

Preste bem atenção na fotografia: por toda a extensão do chão, antes só existia lixo... lixo e mais lixo. Bem que o caminhão da limpeza tentava recolher todo o lixo, porém o ar fétido permanecia. Quem já ficou sem coleta de lixo na sua cidade, sabe o que é o ar pestilento de lixo em decomposição.

Como dizia o então Presidente do Conselho Comunitário da Penitenciária, atual Secretário de Justiça e Cidadania do Estado do Amazonas, Lelio Lauria: pior do que o lixo produzido no dia-a-dia, só o lixo humano que ainda faz parte dos quadros do servico público amazonense. É exceção, mas continua infestando nossos ambientes de trabalho. Xô, cambada agourenta!