maio 06, 2008

Marcha da Maconha na pauta do debate público

Cannabis sativa
Nota do blog: Leiam duas visões antagônicas disparadas pela Marcha da Maconha. Uma delas é anacrônica.

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Eis a minha surpresa quando um membro do DENARC num importante encontro sobre drogas realizado na cidade de São Paulo diz a seguinte frase: "o importante é que tiramos mais um de circulação". Mesmo que estivesse se referindo a traficantes essa frase, que parece descontextualizada da fala desse ator social, ressoou como se fosse difícil diferenciar quem são os criminosos, quem está consumindo e quem está trabalhando para o mercado ilícito. O "importante" para prender e criminalizar alguém é que tenha algum contato com drogas ilícitas. Essa é a nossa cruel realidade, espelho de uma legislação que pode até se dizer bem intencionada, mas que vem produzindo mais desumanidade e exclusão do que benefícios. Em que pese os discursos acolorados (que virou um grito heróico de vários personagens) basta darmos uma olhada na história e nos dados oficiais sobre os efeitos perversos dessa política. Isso não siginifica dizer estar a favor do consumo prejudicial (dependente ou de risco), mas que precisamos nos desdobrar para denunciar as causas estruturais desse fenômeno em grandes proporções e buscar saídas humanitárias.

Acho que a marcha da maconha abre um debate que já demorou no Brasil, pois muitos países já estão nessa dianteira.

Vilmar Ezequiel dos Santos

Mestre em Saúde Coletiva pela EEUSP

Assessor para políticas de drogas do Município de Santo André- SP

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"Marcha da Maconha".

Que preço as Famílias e o Estado pagarão?

"Dependentes de drogas são criativos para inventar mentiras e desculpas o tempo todo".

O Brasil, um "cadinho de raças" e culturas, assume no mundo globalizado uma amostra de todas as tendências, que por aqui chegam invariavelmente com algum atraso.

Somos o mundo! Repletos de sonhos buscamos nossa identidade, lutando dentre mercados formais e informais, legais e ilegais.
Como "freio inibitório", no tempo de nossos avós havia o temor do "castigo divino", no de nossos pais os "rigores da lei", e na atualidade, um vácuo, a falta de limites, o "tudo pode".

O ser humano moderno precisa de limites, eis que existem as leis. Se o desagradam, através de projetos se alteram.

Acordemos! Pessoas sob efeito de tais substâncias, com senso de percepção da realidade distorcida, passam a levantar uma "Bandeira", onde a conseqüência será aumentar vetores de risco à saúde pública.

Em um país democrático, pessoas se reúnem para "confraternização de idéias", a exemplo de cultos indígenas, o do "cachimbo da paz", o último exemplo numa ação humana contemporânea de busca de identidade, auto-ajuda, flagelo e de suicídio em longo prazo.

Assim como o tabaco, droga lícita e geneticamente modificada, a maconha como defende o movimento, se tornando lícita, entrará pela lógica de mercado, via monopólio econômico, causando também danos diretos, congestionando hospitais, clínicas de tratamento e comunidades terapêuticas, além de danos indiretos, como o aumento da violência pelas concorrências de mercado, as "bocas de fumo".
Pessoas que defendem "tal marcha" transformaram tais ações, como forma de serem vistos e aceitos, por qualquer motivo, se não até com intenções eleitorais que se aproximam.

A Organização Mundial da Saúde reconhece a dependência de drogas como doença, logo tais pessoas precisam de ajuda!

Questionemos: Precisamos urgente de líderes, mas de cara limpa, lúcidos, pois caso não haja reação será tarde e difícil encontrá-los!

A evolução humana não nos preparou para a preservação de nossa espécie, pois maconha não é alimento, causa dano pessoal e social, sua aplicação terapêutica já é superada, pois existem fármacos mais eficazes e com menores efeitos colaterais, além de sustentar organizações criminosas e seus crimes conexos (Tráfico de Armas, Tráfico de humanos, Exploração sexual adulto-infantil).

Traídos pela emoção, e com baixa resistência às pressões e frustrações, nossa comunidade é afetada por falta de atitudes pró-ativas, ficando submetida a decisões fragmentadas frias e polêmicas, mascarando egos e vitimizando os dependentes de drogas.

Tal dependência que co-fomenta a desarmonia familiar e social, também sustenta conflitos armados locais, pelas organizações criminosas, que dependem do mercado, que é sustentado pelas "vítimas" (Usuários, "abusuários" e dependentes de drogas).

A comunidade necessita de informação, para tanto, divulguemos o serviço nacional gratuito:

Serviço VIVAVOZ 0800.510.0015

- Ligue pra gente, a gente liga pra você.

Façamos a "Marcha da Informação", divulgando tal serviço de utilidade pública, promovido pela Faculdade de Ciências Médicas de Porto Alegre, que oferece orientação e informação sobre drogas, para usuários, familiares, estudantes e profissionais das mais variadas áreas do conhecimento.

Outros serviços de utilidade pública estão disponíveis à Comunidade, basta as pessoas informarem com o maior número de dados possíveis:

- Disque-DENARC 0800.518.518 (Anônimo e 24h)
- Disque Denúncia 181 (Anônimo e 24h)

Tomemos uma atitude, a da informação, pois a quem realmente interessa a legalização da maconha? Que preço as famílias e o Estado pagarão?

Edison Tabajara Rangel Cardoso
Major da BM - Presidente do CONEN/RS
Conselho Estadual de Entorpecentes do RS -
conen@saude.rs.gov.br

(51) 3288.5961 / 3288.5962
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2 comentários:

Anônimo disse...

Mais eh logico q a maconha sustenta conflitos armados locais, ela eh proibida, assim o dinheiro dos usuários (usuarios que nunca deixaram de existir no mundo, nunca) vai parar td na mao dos traficantes, q nao vendem somente maconha, mais tbm outras drogas q geram maior lucro p eles, como o crack e a cocaína (e sao mais faceis de se contrabandear, por causa do volume) e o usuario indo comprar sua erva, tem o acesso as drogas mais pesadas podendo este cair em dependencia quimica com maiores riscos a saúde, como acontece com milhares de jovens e adultos no mundo inteiro, acho q isso nao estah certo, estah?
vendo as coisas desse jeito, seria como associar a maconha a drogas como cocaína e crack, coisa q nao deveria ser feita.
A maconha esta no patamar de drogas como o alcool (sendo a erva mais fraca) e o tabaco (q causa mais dependencia do que o baseado, quimica, fisica e psicologica, sendo a cannabis somente psicologica).
Usuarios de maconha nunca deixarao de existir, por isso o contrabando desta tbm nunca deixara de existir, somente aumentara a violencia e a repressao em cima da droga, que estaria somente "enxugando gelo". Novas medidas devem ser tomadas, jah vimos q arma com arma nao da um resultado mto bom...
Uma discriminalização eh necessaria, p tirar essa droga das maos dos traficantes, e assim pelo menos passar a gerar lucro pra economia do país (tendo diversos lugares onde na terra nada cresce somente a cannabis, como o triangulo da maconha no nordeste, q se discriminalizada a droga, passaria a gerar fonte de renda a região) assim poderiamos controlar a cannabis, e seus usuarios (tendo um nivel de thc estabelecido, uma idade certa pra ser vendida, uma quantidade controlada pela venda) assim tirariamos o contato de usuarios de maconha, com as drogas pesadas (q deveriamos nos preocupar bem mais do que uma pessoa q fuma um baseado).
Nao vo nem comenta do mal q o alcool traz a saude neh, sendo q todos hj em dia bebem, tendo em vista q geralmente um jovem começa a beber em media dos 16 anos.
Intao o que eu falo eh q deveriamos nos preocupar com drogas mais pesadas (e criadas pelo homem por sinal).
Desde o começo dos tempos as drogas fazem parte da história do homem, nao há como impedir, o comercio ilegal sempre existira, vc nao axa q esta na hora de tomarmos outra postura perante a isso, ha mta violencia, arma com arma nao resolvera.

a pessoa q fuma fika relaxado, desestressado...ninguem fika fora da realidade, viajando na batata, super louco, dopado, soh uma pessoa q nao sabe dos efeitos da droga, e soh pesquisa fala, e isso nao eh pq eu fumo q to falando e defendendo, arranjando desculpas...
essa eh a realidade.
e as pessoas q tomam remedios pra depressao, calmantes e outras diversas porcarias manipuladas pela farmacia?
nao ta td mundo fora de orbita tbm?
a realidade eh essa e sempre vai se, ninguem vai para de usa drogas... nao vai se a policia q vai impedi isso, soh acho q nos temos condiçoes de melhorar essa realidade...

Anônimo disse...

ignore e seja mais um tonto