República Livre do Bar do Armando
PICICA: Peço a compreensão dos meus leitores. Hoje é a despedida do nosso querido Armando, que inscreveu seu nome na história dos carnavais do Amazonas, graças a uma porrada de gente com espírito libertário. Mais tarde eu volto.
PICICA: O
Bar do Armando - sede da Banda Indendepende da Confraria do Armando
(BICA) - localiza-se no mesmo sítio histórico da Praça São Sebastião e
do Teatro Amazonas, legados da arquitetura deixada pelo governador
Eduardo Ribeiro, em fins do século XIX. Eduardo Ribeiro era maranhense,
negro, oficial militar, baixinho e invocado. Como republicano deixou
estilizada a bandeira do Brasil na cúpula futurista do Teatro Amazonas. É
o único lugar do Brasil que tem sua bandeira "hasteada"
permanentemente. Por essa e por outras ousadias, Eduardo Ribeiro foi
"suicidado" num sítio localizado onde hoje é a Av. Djalma Batista. Nos
anos 1940, uma outra propriedade sua, próximo ao Estádio Vivaldo Lima,
passou a abrigar, até hoje, o Hospital Psiquiátrico, que recebeu seu
nome, numa vingança dos desafetos. A ele deve-se a concepção parisiense
da cidade de Manaus, com uma bela arborização, jardins, boulevards e
igarapés. Jardins? Boulervads? Igarapés? Onde mesmo? A civilização dos
automóveis está destruindo nossas cidades. Manaus não seria diferente.
Por essa e por outras, Simão Pessoa, Durango Duarte e este blogueiro resolveram resgatar o espírito republicano e criaram o "Bodó na Lama" - jornal anarco-punk-sindicalista
-, que circulou nos anos 1990 somente no Bar do Armando: malhação pura
nos poderosos de plantão. Os cartuns do "Bodó" eram assinados por este
blogueiro, como o que se vê neste post. Atenção pesquisadores da história da cidade de Manaus: tenho todos os números do "Bodó". Tô cobrando em dólar. Favor ligar só os interessados.
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